De 46 instituições em Ribeirão, 19 esperam regularização e 15 nem sequer têm cadastro na Vigilância Sanitária

Maioria tem excesso de leitos e baixo número de funcionários; duas são alvos de ações pela Promotoria neste ano

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Ribeirão Preto possui apenas 12 casas de repouso regularizadas com licença de funcionamento, o que significa 26% do total de instituições que cuidam de idosos conhecidas pela Vigilância Sanitária do município.
Das 46 casas visitadas, existem 19 que estão em processo de regularização por problemas de documentação ou infraestrutura ou que estão renovando a licença.
Além delas, há outras 15 casas em situação pior: nem sequer entraram com projeto para se regularizar.
Segundo a chefe da Vigilância Sanitária, Vânia Cantarella, o principal problema encontrado é o de excesso de idosos em uma mesma casa com uma equipe de funcionários insuficiente.
Os casos mais graves são encaminhados para o Ministério Público Estadual. A última ação civil pública, ajuizada há 15 dias, foi contra a Casa de Repouso São Domingos. A Vigilância informou que já estabeleceu um prazo para que a instituição faça a remoção dos idosos.
Outro imóvel que será alvo de ação civil nesta semana é a Casa de Repouso São Jorge, no Jardim Paulista, que abriga 15 idosos. Procurada, a proprietária não quis se manifestar e não permitiu a entrada da Folha na casa.
Apenas no último semestre, o número de casas conhecidas pela vigilância saltou de 23 para 46. Segundo Cantarella, as equipes passaram a dedicar mais dias para visitar as casas.
Segundo o promotor Carlos Cezar Barbosa, as famílias devem tentar se esforçar para acolher o idoso na própria casa e, em último recurso, buscar instituições.
Nesses casos, ele orienta procurar a Vigilância Sanitária para saber quais locais estão regulares. O telefone do órgão é 0/xx/16/3977-9345.


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