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Polícia prende 11 por tráfico de diamantes
Operação Quilate da PF em Franca e mais sete cidades prendeu acusados de integrar uma quadrilha internacional
Prisões em Franca foram em condomínio de luxo; PF apreendeu camionetes, dólares, reais e pedras avaliadas em R$ 1 milhão
Dirceu Garcia/"Comércio da Franca"
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Policiais buscam os acusados no condomínio de luxo Morada do Verde, onde foram presas seis pessoas, entre eles um israelense
DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A Polícia Federal de Ribeirão
Preto prendeu ontem 11 pessoas em sete cidades acusadas
de fazer parte de uma quadrilha
de tráfico internacional de pedras preciosas. Oito pessoas foram presas em flagrante. Foram apreendidos dólares e
reais, carros de luxo, diamantes
e outras pedras preciosas, avaliados em pouco mais de R$ 1
milhão. A ação foi chamada de
Operação Quilate.
Ao todo foram cumpridos 31
mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva,
todos expedidos pela Segunda
Vara Federal de Justiça de
Franca. A operação mobilizou
140 policiais federais nas seguintes cidades: Franca, São
José do Rio Preto, São Paulo,
Belo Horizonte, Frutal, Uberlândia e Guarará -as últimas
quatro cidades são mineiras.
Segundo a PF, as investigações
duraram cinco meses.
Para o delegado da PF que
comandou a operação, Felipe
Eduardo Hideo Hayashi, a quadrilha agia há bastante tempo e
movimentava uma quantia
muito grande de dinheiro que
ele ainda sabe quantificar.
O grupo era composto por
brasileiros e estrangeiros -os
nomes não foram revelados. As
pedras seriam vendidas para
compradores estrangeiros da
Europa, Oriente Médio e América Latina. Segundo a PF, havia duas formas de negociação
das pedras: eram levadas ao exterior por membros da quadrilha ou os compradores vinham
até Franca buscá-las. A principal rota de saída, diz a PF, era o
Aeroporto Internacional de
Guarulhos (Cumbica).
Em Franca, a operação se
concentrou no residencial Morada do Verde, condomínio de
luxo da cidade. Em apenas uma
casa foram apreendidos R$ 600
mil que estavam escondidos
em malas e 90 pedras preciosas, entre elas diamantes, avaliadas em pouco mais de R$ 1
milhão.
Em outra casa de Franca foram achados U$ 10 mil. Ao todo, seis pessoas foram presas
na cidade. Entre elas um israelense que, segundo a PF, é um
dos principais compradores de
pedras da quadrilha. Foi preso
ainda o profissional responsável pela lapidação das pedras.
No condomínio, a PF apreendeu cinco camionetes de luxo.
O delegado disse que ainda
não há um balanço preciso de
tudo o que foi apreendido nas
outras cidades, mas afirmou
que também houve apreensões
de bens e pedras preciosas fora
de Franca.
As pedras contrabandeadas
eram extraídas de garimpos ilegais em três cidades mineiras:
Coromandel, Frutal e Diamantina. De lá eram levadas até
Franca, onde eram lapidadas e
vendidas.
Ainda de acordo com a PF, os
crimes praticados pelo grupo
são receptação, formação de
quadrilha, usurpação de bens
minerais pertencentes à União,
crime contra o sistema financeiro nacional e contrabando.
As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão.
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