da Reportagem Local

O promotor de Justiça de Ribeirão Luiz Carlos Guimarães Brondi reiterou pedido de liminar (decisão provisória) para que a Justiça faça a apreensão dos 15 carros de luxo comprados pela Câmara.
O pedido do promotor tem por base ação popular impetrada pelo vereador cassado Fernando Chiarelli (PPB) no final do mês passado. Segundo o promotor, os carros devem ficar apreendidos até que a ação popular seja julgada.
"Se não houver a apreensão, quando a ação for julgada, os carros já vão estar velhos", disse.
A ação pede a devolução do dinheiro gasto pela Câmara -R$ 360 mil desde janeiro- porque a compra teria ferido lei aprovada pelo próprio Legislativo que obriga a troca da frota oficial por veículos movidos a álcool. A lei é conhecida como "Frota Verde".
Todos os veículos comprados para os vereadores são a gasolina.
Segundo o promotor, o segundo motivo para o pedido de liminar refere-se ao fato de o Legislativo ter gasto o dinheiro para a compra dos carros quando o município não tem recursos para fazer o pagamento ao funcionalismo.
A manifestação do promotor foi enviada ao juiz da 3ª Vara Cível, Cláudio César de Paula.
Para o presidente da Câmara, Leopoldo Paulino (PSB), a atitude do promotor não tem base jurídica. "É uma atitude ridícula de um promotor petista que deve estar agindo em consonância com outros para desprestigiar o Legislativo", disse Paulino. De acordo com o presidente da Câmara, os carros a álcool sofrem desvalorização.
Após a declaração de Paulino, a Folha tentou falar com o promotor, sem sucesso.



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