Ribeirão Preto, Domingo, 13 de setembro de 1998

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Selma queria morar com mãe

da Reportagem Local

Selma Heloísa Artigas Silva, 22, trabalhava como garota de programa havia quatro anos e tinha o sonho de poder alugar uma casa para que sua mãe e seus dois filhos, que vivem em Franca, morassem com ela em Ribeirão, segundo conta Vera Lúcia Stela, 32, proprietária da boate After Five, que era chamada de "mainha" pela garota assassinada anteontem.
"Ela era uma garota bastante responsável, que só trabalhava como garota de programa para poder arcar com suas responsabilidades. Falam que ela usava droga, é uma mentira", disse Vera.
Vera disse acreditar que Selma foi "inocente" ao entrar na camionete com Pablo Russel Rocha, suspeito de ter cometido o crime.
Ela afirmou que viu a garota pela última vez na quinta-feira, véspera de sua morte. "A Selma esteve em casa, fez o almoço dos meus dois filhos e passou a tarde inteira brincando com o meu garoto", disse.
O filho de Vera, Silvio Rezende, 10, afirmou que passou a tarde com Selma jogando baralho.
"Ficamos juntos a tarde inteira. Acho que foi uma despedida. Queria que Deus trouxesse ela (Selma) de volta", disse o garoto.
Ele afirmou que está bastante triste por causa da forma brutal como Selma foi assassinada.
"Ela foi muito judiada. Fiquei muito impressionado", disse.
Veridiana Rezende, 11, também filha de Vera, afirmou que Selma sempre brincava à tarde com ela e com seus amigos. "Eu gostava de jogar vôlei com a Selma", disse. (LUCIANA FINAZZI)


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