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Invasão da coordenadoria da USP entra no sexto dia
Alunos afirmam que vão manter a invasão até que sejam recebidos para reunião
Estudantes protestam contra normativa que proibiu a realização de festas sem autorização dentro do campus de Ribeirão Preto
DA FOLHA RIBEIRÃO
A invasão dos alunos da USP
(Universidade de São Paulo) de
Ribeirão ao prédio da Coordenadoria do Campus entra hoje
no sexto dia, sem previsão de
término. Os estudantes ocuparam a antiga prefeitura da unidade quarta-feira à noite. Eles
afirmam que, enquanto não for
marcada uma reunião com a
coordenadoria da universidade, pretendem continuar com a
ocupação.
Os universitários protestam
contra normativa do conselho
gestor, órgão máximo da instituição em Ribeirão, que proibiu
festas sem autorização dentro
do campus e reforçou a lei estadual que barra o consumo de álcool no interior de unidades de
ensino do Estado.
O diretor do DCE (Diretório
Central dos Estudantes) Lucas
Van Zubben disse ontem que os
estudantes aguardam que seja
marcada uma reunião com o
conselho gestor da universidade em Ribeirão.
Há uma reunião do conselho
agendada para 9 de dezembro,
mas os alunos querem a antecipação do encontro para que a
situação seja discutida.
"Por enquanto, a gente conseguiu apenas uma reunião
com alguns professores do conselho gestor, mas não foi uma
reunião formal", disse. Van
Zubben afirmou que os alunos
pretendem manter a invasão,
sem prazo definido para o fim
do protesto, até que a reunião
seja marcada. Para isso, os estudantes estão se revezando.
No feriado de ontem, segundo o diretor do DCE, grupos
formados por 20 alunos mantiveram a ocupação. Enquanto
alguns permanecem dentro do
prédio da coordenadoria, outros se revezam no fornecimento de alimentos para os colegas. "Alguns vão para casa fazer comida, ou vão comprar comida para os que ficam", disse.
Os estudantes reclamam que
a normativa do conselho gestor
proíbe até mesmo festas programadas para arrecadar recursos para os centros acadêmicos e diretórios, ou mesmo
aquelas que ocorrem apenas
para confraternização dos alunos. Eles querem a revogação
da normativa.
Em nota divulgada na sexta,
assinada pelo coordenador do
campus, José Moacir Marin, a
coordenadoria diz que está
aberta ao diálogo com os alunos,
mas ressalta que "as leis existem para serem cumpridas".
A nota informa ainda que a
ocupação do prédio da universidade acarreta "transtornos e
prejuízos à sociedade como um
todo" e que a invasão dos alunos
"não é o melhor caminho para
aperfeiçoamento do ensino".
(LEANDRO MARTINS)
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