Ribeirão Preto, Terça-feira, 13 de Outubro de 2009

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Invasão da coordenadoria da USP entra no sexto dia

Alunos afirmam que vão manter a invasão até que sejam recebidos para reunião

Estudantes protestam contra normativa que proibiu a realização de festas sem autorização dentro do campus de Ribeirão Preto

DA FOLHA RIBEIRÃO

A invasão dos alunos da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão ao prédio da Coordenadoria do Campus entra hoje no sexto dia, sem previsão de término. Os estudantes ocuparam a antiga prefeitura da unidade quarta-feira à noite. Eles afirmam que, enquanto não for marcada uma reunião com a coordenadoria da universidade, pretendem continuar com a ocupação.
Os universitários protestam contra normativa do conselho gestor, órgão máximo da instituição em Ribeirão, que proibiu festas sem autorização dentro do campus e reforçou a lei estadual que barra o consumo de álcool no interior de unidades de ensino do Estado.
O diretor do DCE (Diretório Central dos Estudantes) Lucas Van Zubben disse ontem que os estudantes aguardam que seja marcada uma reunião com o conselho gestor da universidade em Ribeirão.
Há uma reunião do conselho agendada para 9 de dezembro, mas os alunos querem a antecipação do encontro para que a situação seja discutida.
"Por enquanto, a gente conseguiu apenas uma reunião com alguns professores do conselho gestor, mas não foi uma reunião formal", disse. Van Zubben afirmou que os alunos pretendem manter a invasão, sem prazo definido para o fim do protesto, até que a reunião seja marcada. Para isso, os estudantes estão se revezando.
No feriado de ontem, segundo o diretor do DCE, grupos formados por 20 alunos mantiveram a ocupação. Enquanto alguns permanecem dentro do prédio da coordenadoria, outros se revezam no fornecimento de alimentos para os colegas. "Alguns vão para casa fazer comida, ou vão comprar comida para os que ficam", disse.
Os estudantes reclamam que a normativa do conselho gestor proíbe até mesmo festas programadas para arrecadar recursos para os centros acadêmicos e diretórios, ou mesmo aquelas que ocorrem apenas para confraternização dos alunos. Eles querem a revogação da normativa.
Em nota divulgada na sexta, assinada pelo coordenador do campus, José Moacir Marin, a coordenadoria diz que está aberta ao diálogo com os alunos, mas ressalta que "as leis existem para serem cumpridas".
A nota informa ainda que a ocupação do prédio da universidade acarreta "transtornos e prejuízos à sociedade como um todo" e que a invasão dos alunos "não é o melhor caminho para aperfeiçoamento do ensino". (LEANDRO MARTINS)


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