Ribeirão Preto, Quarta-feira, 13 de Outubro de 2010

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Romaria atrai 20 mil fiéis em Ribeirão

Fé e esperança marcaram a caminhada de 13 quilômetros entre o centro de Ribeirão e a paróquia de Bonfim

45ª edição da romaria teve pessoas descalças, carregando imagens e até tatuagem de Nossa Senhora Aparecida

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Uma celebração feita por gente de muita fé. Gente que tatua Nossa Senhora Aparecida no corpo, que se veste de anjo, que percorre descalço o caminho de 13 km do centro de Ribeirão Preto à Paróquia Bom Jesus do Bonfim, no distrito de Bonfim Paulista.
Assim pode ser resumida a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, na sua 45ª edição, ontem.
Segundo a organização, cerca de 30 mil fiéis participaram da caminhada. A Polícia Militar estimou o público em 20 mil pessoas.
A romaria atraiu fiéis como a empregada doméstica Maria Luisa Meilan, 50, que tatuou a imagem da santa no braço no ano passado como promessa pela saúde do pai.
"Meu pai teve um infarto e ficou muito doente. Passou 11 dias na UTI. Então, pela saúde dele, fiz a promessa, mas ele acabou morrendo e, mesmo assim, tatuei Nossa Senhora porque amava meu pai", disse, emocionada.
As gêmeas Áurea Aparecida Gomes Massaro e Emília Gomes Pileggim, 69, participaram da romaria sem caminhar. Há 17 anos, elas montam um altar em frente de casa, no trajeto da caminhada, para homenagear a padroeira do Brasil.
As irmãs disseram que muitos fiéis param em frente à imagem pedindo auxílio para conseguir chegar até o fim da caminhada. "Hoje, veio um moço novo, vítima de derrame, que pediu ajuda à santa para chegar até o fim do trajeto", disse Emília.
Durante a procissão, muitas crianças e adolescentes aproveitaram para arrecadar doces por causa do Dia das Crianças. Participantes da romaria e espectadores nas calçadas estavam carregados de sacolas com balas e saquinhos de pipoca.
Em um dos trechos, em meio à oração dos fiéis, dezenas de famílias pobres de uma favela localizada próximo à Mata de Santa Tereza esperavam por uma ajuda, fosse doce, salgado ou em dinheiro.
"É bom ajudar. O coração agradece", disse o ajudante geral Felipe Reis, 31.

ESTREIA
A romaria de ontem foi a primeira do engenheiro de alimentos Luiz Henrique Queiróz, 45. "Fui convidado por minha mulher e vim com a graça de Deus. Estou muito feliz, e pedi à Nossa Senhora Aparecida proteção a toda minha família", disse.
De mãos unidas em oração, Maria das Dores Alves, 50, agradeceu à padroeira do Brasil. "Sou devota de Nossa Senhora há 18 anos e vim agradecer pela vida, pela capacidade de andar", disse.


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