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Romaria atrai 20 mil fiéis em Ribeirão
Fé e esperança marcaram a caminhada de 13 quilômetros entre o centro de Ribeirão e a paróquia de Bonfim
45ª edição da romaria teve pessoas descalças, carregando imagens e até tatuagem de Nossa Senhora Aparecida
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Uma celebração feita por
gente de muita fé. Gente que
tatua Nossa Senhora Aparecida no corpo, que se veste de
anjo, que percorre descalço o
caminho de 13 km do centro
de Ribeirão Preto à Paróquia
Bom Jesus do Bonfim, no distrito de Bonfim Paulista.
Assim pode ser resumida a
Romaria de Nossa Senhora
Aparecida, padroeira do Brasil, na sua 45ª edição, ontem.
Segundo a organização,
cerca de 30 mil fiéis participaram da caminhada. A Polícia Militar estimou o público
em 20 mil pessoas.
A romaria atraiu fiéis como a empregada doméstica
Maria Luisa Meilan, 50, que
tatuou a imagem da santa no
braço no ano passado como
promessa pela saúde do pai.
"Meu pai teve um infarto e
ficou muito doente. Passou
11 dias na UTI. Então, pela
saúde dele, fiz a promessa,
mas ele acabou morrendo e,
mesmo assim, tatuei Nossa
Senhora porque amava meu
pai", disse, emocionada.
As gêmeas Áurea Aparecida Gomes Massaro e Emília
Gomes Pileggim, 69, participaram da romaria sem caminhar. Há 17 anos, elas montam um altar em frente de casa, no trajeto da caminhada,
para homenagear a padroeira do Brasil.
As irmãs disseram que
muitos fiéis param em frente
à imagem pedindo auxílio
para conseguir chegar até o
fim da caminhada. "Hoje,
veio um moço novo, vítima
de derrame, que pediu ajuda
à santa para chegar até o fim
do trajeto", disse Emília.
Durante a procissão, muitas crianças e adolescentes
aproveitaram para arrecadar
doces por causa do Dia das
Crianças. Participantes da romaria e espectadores nas calçadas estavam carregados de
sacolas com balas e saquinhos de pipoca.
Em um dos trechos, em
meio à oração dos fiéis, dezenas de famílias pobres de
uma favela localizada próximo à Mata de Santa Tereza
esperavam por uma ajuda,
fosse doce, salgado ou em dinheiro.
"É bom ajudar. O coração
agradece", disse o ajudante
geral Felipe Reis, 31.
ESTREIA
A romaria de ontem foi a
primeira do engenheiro de
alimentos Luiz Henrique
Queiróz, 45. "Fui convidado
por minha mulher e vim com
a graça de Deus. Estou muito
feliz, e pedi à Nossa Senhora
Aparecida proteção a toda
minha família", disse.
De mãos unidas em oração, Maria das Dores Alves,
50, agradeceu à padroeira do
Brasil. "Sou devota de Nossa
Senhora há 18 anos e vim
agradecer pela vida, pela capacidade de andar", disse.
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