Estudo foi desenvolvido pelo Departamento de Psicologia da USP de Ribeirão Preto

DE RIBEIRÃO PRETO

É uma decisão coletiva. A adoção de uma criança por casais que já têm filhos biológicos é aprovada pela família. De acordo com uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Psicologia da USP Ribeirão, a adoção é feita após consenso entre pais e filhos biológicos, ambos motivados pela expectativa de ajudar uma criança.
O trabalho realizado pela universidade ficou na terceira colocação do 1º Prêmio Recém-Formado da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul.
A pesquisa é resultado de um trabalho de iniciação científica conduzido pela psicóloga Livia Kusuni Otuka entre 2008 e 2009.
A pesquisadora entrevistou seis casais que, antes de decidir pela adoção, já eram pais biológicos. De acordo com Otuka, os filhos dão apoio e, em algumas vezes, pedem pelo novo irmão.
"Como já têm experiência de ser pais, eles querem ter outra vivência, motivados pela vontade de adotar para ajudar. E os filhos, além de incentivar, há casos em que eles pedem para os pais adotar mais uma criança", disse a pesquisadora.
Em quatro dos casos pesquisados, os filhos eram adolescentes e também acabavam dividindo com os pais os cuidados do novo membro.
Segundo a pesquisadora, os adolescentes se revezavam com os pais nas tarefas de cuidar das crianças adotadas e demonstravam preocupação com o futuro dos irmãos, como a escola onde vão estudar. "Demonstram muito afeto e cuidados com o filho adotivo", disse.


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