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Ação pede demissão
de 34 comissionados
na cidade de S. Carlos
Embora exerçam cargos de chefia, eles atendem
telefone ou vistoriam obras, afirma promotor
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Ministério Público Estadual de São Carlos protocolou
na Vara da Fazenda Pública da
cidade uma ação que pede o
afastamento de 34 servidores
do Saae (Serviço Autônomo de
Água e Esgoto) por ocuparem
cargos comissionados de chefia
e assessoramento na autarquia
sem exercê-los na prática. O
Saae nega irregularidades.
A ação do promotor Luiz
Carlos Oliveira pede que o responsável pela nomeação,
Eduardo Cotrim, presidente do
Saae, seja enquadrado por improbidade administrativa. Se
condenado, ele deverá se afastar da função, além de pagar
multa, devolver as gratificações
e ter cassado os direitos políticos por até oito anos.
Os servidores apontados
exercem cargos comissionados
ou têm funções gratificadas.
Segundo Oliveira, as nomeações são inconstitucionais porque a lei 8.429 diz que essas
funções servem só para cargos
de chefia, direção ou assessoria
e, para ele, os servidores exercem funções burocráticas ou
técnicas.
"A administração cria cargos
com nomes pomposos, mas na
prática é um trabalho burocrático. Quando vai ver, a pessoa
no cargo de chefia não é chefe
de ninguém", disse Oliveira.
O presidente do Saae disse
não haver comissionado que
não exerça funções de chefia e
assessoramento. Cotrim disse
ainda que os argumentos do
promotor foram baseados numa pequena entrevista com cada servidor e que, nas conversas, pode ter havido confusão.
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