Índice de infestação na cidade é de 2,8, quase 3 vezes o aceitável pela OMS

DA FOLHA RIBEIRÃO

Com índice de infestação da dengue 180% maior do que o aceitável pela OMS (Organização Municipal de Saúde), Ribeirão já começa a se preparar para mais um ano de epidemia da doença em 2010.
Neste ano, 1.448 casos da doença já foram registrados na cidade, um aumento de 36% sobre os 1.058 casos de todo o ano passado. O Índice de Breteau, usado para medir a infestação por larvas do mosquito, está em 2,8 em Ribeirão, enquanto o aceitável pela OMS é 1 (ou seja, uma casa infestada para cada cem visitadas).
Para minimizar os efeitos da doença, a prefeitura irá fazer um mutirão no dia 28, que pretende reunir 80 caminhões e 1.200 pessoas para recolher entulhos e outros materiais que possam servir de criadouro para a dengue.
Outras medidas já foram tomadas, segundo a prefeita Dárcy Vera (DEM), como a volta do fumacê e a orientação sobre prevenção nos postos de saúde. Além disso, foram compradas 73 cadeiras de hidratação (para aplicação de soro).
Em janeiro, a prefeitura pretende colocar no ar um site, de acesso público, com informações sobre os casos registrados de dengue e os locais onde foram contraídos.
Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Maria Luiza Santa Maria, o clima de Ribeirão, aliado a outras condições, como áreas de favela, favorece a reprodução do mosquito. As chuvas atípicas neste ano devem elevar ainda mais a incidência dos casos e caracterizar uma epidemia, como nos últimos três anos.
Segundo Santa Maria, o aumento de casos também acontece por causa da adoção do NS1, exame com resultado mais rápido para detectar a doença. "Ribeirão é a única cidade que utiliza o NS1 de maneira eficaz."


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