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Família só soube da morte três horas depois
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO
A família do estudante de
engenharia da computação
Ricardo Mitsuo Iwahashi só
soube de sua morte três horas após o corpo ter sido retirado do córrego. O corpo foi
encontrado às 11h10 pela Polícia Militar, após denúncia
de pessoas que o viram
boiando no córrego em frente
à entrada da USP.
A irmã do estudante Débora Mitsuo Iwahashi, 20, disse
que a família foi avisada pelo
pai de um amigo do estudante. "Demorou muito."
Em choque, Cecília Massay Mitsuo, a mãe, precisou
de atendimento médico. Lincon Iwahashi, ex-marido dela e pai do estudante, viajou a
São Carlos para reconhecer o
corpo e agilizar as papeladas
para o enterro em SP.
Débora disse que o irmão
sempre foi aplicado e entrou
na faculdade direto, sem precisar fazer cursinho. Ele se
formaria no final do ano.
A irmã disse que Ricardo
saía pouco, mas já havia se
machucado ao cair em festas.
"Vi isso acontecer, mas foram poucas vezes."
Alexandre Iwahashi, primo de Ricardo, disse que ele
era tranquilo. "Ele estava
sempre estudando e fazendo
planos para o futuro."
A família não sabia onde
Ricardo iria se hospedar em
São Carlos. O jovem trabalhava na Diebold Brasil, empresa de automação bancária, e
antes de viajar, comentou
com a família que estava preparando as férias de trabalho
para coincidir com a festa.
"O que não entendo é como uma pessoa pode ficar
desaparecida em uma festa
com mais de 30 mil pessoas.
As pessoas que ele chamava
de amigos, não perceberam
que ele estava sumido. Não
tinha uma proteção ali", disse Débora.
"Ele foi [ao Tusca] para
curtir, não pela competição",
diz um colega com quem Ricardo tocava bateria. Ele pediu para não ser identificado.
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