|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Antes de bater, motorista gritou para alertar carros
Cleber Prado diz que caminhão perdeu freio a 100 metros do cruzamento
Enquanto era socorrido, ele só perguntava dos outros feridos, se havia muitas vítimas e se tinha mortes, diz sogro
DE RIBEIRÃO PRETO
Com dez anos de profissão, o motorista de caminhão
Cleber Everaldo Prado, 35, de
Ribeirão Preto, nunca tinha
se envolvido em nenhum acidente. Até ontem, quando
desceu a avenida Antonio
Diederichsen dirigindo um
caminhão carregado de terra
sem freios, gritando para os
outros motoristas saírem da
frente.
Prado trabalhava numa
obra próxima ao parque Curupira e estava levando terra
para a obra.
Após atingir cinco veículos, capotar num dos canteiros da praça Hélio Schmidt e
ser retirado das ferragens, o
motorista foi levado para a
Santa Casa com um pé fraturado. À tarde, foi submetido a
uma cirurgia. Antes, contou
ao sogro, Narciso Antônio
Bernardino, 55, sua versão
do acidente.
"Ele disse que, a cem metros do cruzamento com a
avenida Portugal, perdeu os
freios e começou a buzinar e
gritar para que os motoristas
saíssem, mas não teve jeito."
Segundo Bernadino, enquanto era socorrido, Prado
só perguntava dos outros feridos, se havia muitas vítimas e mortes.
A principal preocupação
dele, segundo o sogro, era
com o motociclista Paulo Silva, que passava pela avenida
no momento do acidente,
mas conseguiu se jogar da
moto antes de ser atingido.
"Ele me disse que, quando
estava sendo resgatado, ouviu os bombeiros falando
que uma criança estava morrendo. Ele só pensa nisso
agora, está desesperado com
toda essa tragédia", disse.
Segundo a polícia, o caminhão, um Ford Cargo de
1986, estava com os pneus
em bom estado. O volume de
terra carregado pelo veículo
pode ter potencializado a dimensão do acidente. O caso
deve ser registrado como homicídio culposo, quando não
há intenção de matar.
Texto Anterior: Painel Regional Próximo Texto: "Estou tentando entender", diz pai do bebê Índice | Comunicar Erros
|