Ribeirão Preto, Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2011 |
Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Anac veta voos em Ribeirão com chuva Proibição de pousos e decolagens vale a partir de hoje, de acordo com o Daesp, que administra o Leite Lopes Motivo é o excesso de borracha dos pneus das aeronaves que, com o tempo, se acumula no asfalto da pista
ARARIPE CASTILHO DE RIBEIRÃO PRETO A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) determinou ontem que estão proibidos os pousos e decolagens no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, sempre que a pista estiver molhada. O motivo da proibição é o excesso de borracha dos pneus dos aviões que, com o tempo, se acumula no asfalto. A determinação vigora até que o governo do Estado retire o material da pista. O Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), órgão que administra o aeroporto. As empresas que operam no Leite Lopes foram comunicadas à noite da decisão via "notam", um alerta de segurança. Segundo o Daesp, o veto vale a partir de hoje. A prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (DEM), não tem qualquer competência na administração do aeroporto, mas aproveitou o fato para sustentar a bandeira pela internacionalização do terminal, além de declarar guerra abertamente ao Daesp. "É uma lentidão que não consigo entender. Se o Daesp não consegue ou não quer olhar para o aeroporto como Ribeirão merece, que passe [a administração] à Infraero [estatal responsável pelos principais aeroportos]." A pista emborrachada é um problema conhecido pelo Daesp há mais de dois meses. Em novembro, o departamento abriu licitação para contratar a empresa que faria a remoção da borracha ao custo de R$ 406 mil aos cofres do Estado. Ontem, em nota, o Daesp disse que pediu autorização da Anac para antecipar o trabalho para a 0h do dia 15 e que esperava uma resposta. INSEGURANÇA O empresário Flávio Wagner Gomes, 60, que utiliza o aeroporto Leite Lopes em média cinco vezes por mês, disse estar inseguro em relação à suspensão dos voos durante as chuvas. "Se houve a suspensão, é porque algo está errado. Não sabemos ao certo o que está ocorrendo e me sinto inseguro para entrar num avião que sai ou chega de Ribeirão." Ontem, Gomes pegaria um voo às 18h30 para o Rio, mas foi informado no check-in que não sairia antes das 19h30. "Além de tudo, ainda temos que aguentar esses atrasos intermináveis. Voar hoje em dia é realmente uma prova de paciência." Próximo Texto: Dárcy bate boca com dirigente do Daesp Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |