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Teto de creche desaba em Cravinhos
Queda de parte do teto do refeitório ocorreu às 5h de ontem, duas horas antes da entrada de 130 crianças
DA ENVIADA ESPECIAL A CRAVINHOS
Por pouco a queda de parte
do teto do refeitório da creche
Guilherme Favati, em Cravinhos, não feriu as crianças e os
funcionários do local. O teto de
uma ala do refeitório ruiu às 5h
de ontem, pouco antes da entrada dos funcionários. As 130
crianças que têm aulas no local
chegariam às 7h.
Segundo a diretora da creche,
Juliana Carrascoza, a Prefeitura de Cravinhos estava ciente
da condição da creche e chegou
a fazer uma vistoria no final de
fevereiro, depois que um pedaço de reboco feriu levemente
uma funcionária.
"Fizemos ofícios e recomendações à prefeitura dizendo
que a creche estava com goteiras e infiltrações. Desde 2006
estou pedindo isso. Com as
chuvas fortes, o problema piorou", afirmou Carrascoza.
O secretário de Obras, José
Augusto Catafani, disse que visitou o local no final de 2008 e
em 2009 e não verificou problemas na infraestrutura. Ele
afirmou que fez inspeção na laje que caiu e não verificou sinais de rachaduras e trincos.
"Deve ter entupido alguma
calha e, por isso, caiu. Não tinha
nada que indicasse isso", disse
Catafani. O secretário admitiu,
porém, que o local tem problemas hidráulicos e elétricos que
não foram solucionados.
"Ou reforma ou arruma outra creche para as crianças. Eu e
meu marido estamos com medo de levar meu filho de volta
para lá", disse a doméstica Priscila da Costa Soares, 26.
"Foi uma barbaridade. Como
a gente vai trabalhar sossegado
depois disso?", disse Débora
Santana, cabeleireira, 24.
A creche foi inaugurada em
1999 e nunca passou por uma
grande reforma. Em 2007, foi
construído um berçário e foi
feita a pintura da parte externa.
O prédio foi utilizado anteriormente como uma feira livre.
Segundo a professora e ex-prefeita, Eliana Pavã Amoroso, em
1996, antes da inauguração, a
creche chegou a ser interditada
pelo Ministério Público por
causa da qualidade dos materiais usados na obra.
O Crea (Conselho Regional
de Engenharia e Arquitetura)
de Ribeirão Preto fez uma vistoria no local e irá encaminhar
um relatório apontando os responsáveis pela manutenção.
Segundo a diretora, o prédio
será interditado e as aulas serão
transferidas para outro prédio
da prefeitura.
(BRUNA SANIELE)
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