COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Para o especialista em transporte urbano Creso de Franco Peixoto, professor do Centro Universitário Moura Lacerda, o serviço de mototáxi deveria ser proibido e não regularizado. O argumento do especialista é que o risco de sofrer acidentes é muito maior quando se usa uma moto, na comparação com outros tipos de veículos.
"Todas as pesquisas feitas sobre isso até hoje mostram o risco", afirmou Peixoto. Na avaliação dele, as cidades precisam investir em outros meios de transporte, principalmente coletivos, para solucionar o problema do trânsito, principalmente no que se refere ao número de acidentes.
"O que as cidades precisam é de corredores de ônibus e transporte coletivo de qualidade. Isso diminuiria o número de carros e motos nas ruas e, consequentemente, o total de acidentes", afirmou.
De acordo com o médico assistente da cirurgia do trauma do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto Gerson Alves Pereira Júnior, os números comprovam o risco do transporte feito por meio de motocicletas.
Ele trabalha no setor de emergência do hospital e afirma que os acidentes com motos, de modo geral, no perímetro urbano, são mais graves que aqueles nos quais os passageiros estão em outros veículos.
"Na maioria dos casos há fraturas nas pernas e braços, quando não há ferimentos faciais graves", disse.
Segundo ele, o uso inadequado de equipamentos de segurança é um dos priores agravantes. "Os capacetes sem viseira ou sem a parte da frente não protegem o nariz, os olhos e o queixo, o que poderia evitar fraturas faciais que, infelizmente, são comuns."
Estatística do setor do HC aponta que houve 11 mortes em 2008 por acidentes com motos e, até outubro de 2009, dez.
Em 2008, houve 2.187 acidentes com motos, nos quais 78 pessoas sofreram traumatismo craniano moderado ou grave. Até outubro do ano passado tinham sido registrados 1.686 acidentes, com 161 traumatismos cranianos.


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