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Moradores de bairros onde funcionou lixão esperam por indenização na Justiça
Edson Silva/Folha Imagem
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Respiradouro instalado em praça do Jd. Juliana para expelir o gás metano produzido pelo lixo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
RIBEIRÃO
Pelo menos 600 famílias
que moram em casas construídas sobre um antigo lixão
no Jardim Juliana e Jardim
das Palmeiras 2, em Ribeirão,
ainda aguardam decisão judicial para serem indenizadas
pela Cohab-RP (Companhia
de Habitação Regional de Ribeirão Preto). Os dois conjuntos habitacionais foram inaugurados em 1993 e 1994.
As residências têm rachaduras devido à movimentação do solo. Segundo a associação de moradores, 180 famílias fizeram acordo com a
Cohab para serem indenizadas -a maioria saiu das casas.
Quem continua no bairro
reclama da desvalorização de
seus imóveis. "Se algum morador se sentiu prejudicado e
quiser ingressar com ação
[individual], nós vamos nos
manifestar no processo", disse o presidente da Cohab, Rodrigo Arenas.
O Ministério Público ingressou com duas ações na
Justiça, em 2001 e 2002, uma
para cada conjunto habitacional. Na ação, o promotor Carlos Cezar Barbosa pede a remoção de todas as famílias
dos dois bairros. Juntos, eles
têm 803 imóveis.
De acordo com o promotor,
embora os acordos já assinados tenham contemplado as
casas em situação de maior
risco, toda a região pode vir a
ter problemas em função da
extensão da área que pode ser
atingida pelo processo de decomposição do lixo que está
sob o solo.
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