Espaço livre em calçadas continua sem alteração

DA FOLHA RIBEIRÃO

Os vereadores de Franca voltaram atrás e mantiveram, na sessão de anteontem, o veto do prefeito Sidnei Franco da Rocha (PSDB) ao projeto de lei aprovado pela Câmara que aumentava de 1,5 m para 2 m o espaço livre obrigatório nas calçadas usadas por bares e restaurantes para abrigar mesas.
Em novembro, na legislatura anterior, a Casa havia aprovado a lei por unanimidade. Entre os que foram a favor do veto, Jepy Pereira, Marcelo Valim e Rui Engracia, todos reeleitos pelo PSDB, foram contra seus próprios votos na última legislatura. A justificativa foi que se tratou de uma decisão partidária.
Outros dois, Vanderlei Tristão e Josivaldo Bahia, ambos do PTB e novos na Casa, chegaram a dizer que iriam contra o veto antes da sessão, mas também voltaram atrás. Eles não foram encontrados para comentar.
Quatro vereadores, todos da oposição, foram contra. "Há obras da prefeitura que não estariam regulares nem se valesse a lei do 1,5 m. Por isso, acho que é possível ter acessibilidade com esta margem para passeio", afirmou Silas Cuba (PT). Com ele, votaram Graciela Ambrósio (PP), Paulo Afonso (PT) e Valter Gomes (PSB).
A sessão de ontem definiria também o acato a outro veto do Executivo, este à lei que permitiria a permanência em espaços públicos de veículos onde são vendidos lanches e de comerciantes de espetinhos.
Um telefonema do prefeito ao vereador Valim, porém, convenceu todos do adiamento por duas semanas da pauta. Sidnei prometeu uma reunião com os comerciantes, vereadores e Ministério Público Estadual para tentar um acordo.
A decisão agradou a classe. "Pelo menos fica a esperança de que ele quer marcar essa reunião e resolver o problema de maneira amistosa", disse Noede Araújo, representante dos comerciantes. Cerca de 30 deles estiveram na sessão.
O prefeito foi procurado, mas não respondeu às questões feitas por e-mail, a pedido da sua assessoria de imprensa.


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