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Sozinha, Leão Leão disputa contrato do lixo
A empreiteira, que doou R$ 50 mil à campanha de Dárcy Vera, permanece só na disputa após inabilitação de concorrente
A Leão Leão já responde pelos serviços de coleta de lixo e varrição pública em Ribeirão Preto; empresa inabilitada vai recorrer
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Leão Leão, que já detém a
concessão dos serviços de coleta de lixo e varrição pública em
Ribeirão Preto, passou a pleitear sozinha o contrato que a
prefeitura pretende firmar para terceirizar a destinação final
do lixo doméstico.
A prefeitura inabilitou na
disputa a empresa Essencis Soluções Ambientais, a única que
ainda participava com a Leão
da licitação, conforme decisão
publicada ontem no "Diário
Oficial" do Município. Cabe recurso da decisão.
O Daerp (Departamento de
Água e Esgotos de Ribeirão
Preto) informou que o índice
de liquidez corrente entregue
pela Essencis é diferente do estipulado no edital e que, por isso, ela foi inabilitada.
O superintendente do Daerp,
Luiz Joaquim Antunes, disse
não se lembrar do índice pedido no edital, nem do preço estipulado do contrato.
Atualmente, a Leão já é responsável pelo serviço de aterrar os resíduos sólidos no aterro da rodovia Mário Donegá,
mas a área só tem validade até o
mês de abril, de acordo com
avaliação da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).
A Leão foi a segunda maior
doadora da campanha da prefeita Dárcy Vera (DEM), com
R$ 50 mil. A Essencis é a segunda empresa a ser retirada da licitação -no início, havia três e
a primeira teria perdido prazo
para entregar os documentos.
A Prefeitura de Ribeirão Preto pretende firmar um contrato
de 30 meses e aceita como única solução para a destinação do
lixo um outro aterro sanitário
-a Leão Leão é sócia de um
aterro privado em Guatapará,
para onde a administração do
ex-prefeito Welson Gasparini
(PSDB) chegou a encaminhar o
lixo enquanto a Cetesb proibiu
a utilização do aterro atual, na
Mário Donegá.
Procurada ontem pela Folha, a Essencis informou que
ainda não tinha conhecimento
da inabilitação. A empresa disse ainda que vai encaminhar o
caso ao departamento jurídico
e recorrer da decisão da Comissão de Licitações da prefeitura.
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