Ribeirão Preto, Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2010

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Advogado é preso acusado de pedofilia

Polícia acha fotos e vídeos com cenas de sexo envolvendo crianças na casa e no escritório do profissional

ADEMIR TERRADAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

O advogado trabalhista Adenilson Stefanutto, 44, foi preso anteontem pela PF (Polícia Federal) de Araraquara acusado de pedofilia e consumo de pornografia infantil. A prisão foi decretada depois de a polícia encontrar, na casa e no escritório do advogado, fotos e vídeos com cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes.
O material estava armazenado em computadores, CDs e DVDs apreendidos na casa e no escritório. "Havia cenas com adolescente e crianças de aproximadamente cinco anos de idade", afirmou o delegado Jackson Gonçalves, que comandou as buscas na residência de Stefanutto.
O advogado foi detido por agentes da PF em Bertioga, onde passava férias com a mulher e dois filhos em uma pousada, e transportado em um carro da polícia até Araraquara.
Foi o quarto preso na operação "Osso Rico", iniciada na Espanha, com a prisão de um peruano acusado de integrar uma rede internacional de pedofilia. As outras prisões foram em dezembro e início de janeiro em Porto Alegre, Brasília e Osasco.
As investigações apontam que, a partir da Espanha, fotos e vídeos eram distribuídos a 1.600 internautas da China, Estados Unidos, Rússia, Itália e Brasil. A polícia identificou 11 brasileiros que recebiam o material, entre eles Stefanutto.
O advogado Cézar de Freitas Nunes, que defende o acusado, admitiu que os arquivos foram baixados da internet, mas, segundo ele, para fins acadêmicos. "Tudo seria usado para montar TCCs [trabalhos de conclusão de curso] de alunos de direito, que ele [Stefanutto] orientava", afirmou.
Nunes disse ainda que, recentemente, o advogado concluiu uma pesquisa sobre crimes virtuais cometidos pela internet e pedofilia.
A pena por armazenar arquivos com conteúdo pornográfico infantil é de dois a quatro anos de detenção. Caso a perícia comprove que houve o envio do material a terceiros, a pena pode atingir oito anos.
O advogado está preso na enfermaria do CDP, por não haver celas especiais para presos com curso superior no presídio. Ontem à tarde a juíza da 2ª Vara Federal de Araraquara, Tatiana Menezes, negou pedido de liberdade provisória.


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