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Advogado é preso acusado de pedofilia
Polícia acha fotos e vídeos com cenas de sexo envolvendo crianças na casa e no escritório do profissional
ADEMIR TERRADAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O advogado trabalhista Adenilson Stefanutto, 44, foi preso
anteontem pela PF (Polícia Federal) de Araraquara acusado
de pedofilia e consumo de pornografia infantil. A prisão foi
decretada depois de a polícia
encontrar, na casa e no escritório do advogado, fotos e vídeos
com cenas de sexo envolvendo
crianças e adolescentes.
O material estava armazenado em computadores, CDs e
DVDs apreendidos na casa e no
escritório. "Havia cenas com
adolescente e crianças de aproximadamente cinco anos de
idade", afirmou o delegado
Jackson Gonçalves, que comandou as buscas na residência de Stefanutto.
O advogado foi detido por
agentes da PF em Bertioga, onde passava férias com a mulher
e dois filhos em uma pousada, e
transportado em um carro da
polícia até Araraquara.
Foi o quarto preso na operação "Osso Rico", iniciada na Espanha, com a prisão de um peruano acusado de integrar uma
rede internacional de pedofilia.
As outras prisões foram em dezembro e início de janeiro em
Porto Alegre, Brasília e Osasco.
As investigações apontam
que, a partir da Espanha, fotos e
vídeos eram distribuídos a
1.600 internautas da China, Estados Unidos, Rússia, Itália e
Brasil. A polícia identificou 11
brasileiros que recebiam o material, entre eles Stefanutto.
O advogado Cézar de Freitas
Nunes, que defende o acusado,
admitiu que os arquivos foram
baixados da internet, mas, segundo ele, para fins acadêmicos. "Tudo seria usado para
montar TCCs [trabalhos de
conclusão de curso] de alunos
de direito, que ele [Stefanutto]
orientava", afirmou.
Nunes disse ainda que, recentemente, o advogado concluiu uma pesquisa sobre crimes virtuais cometidos pela internet e pedofilia.
A pena por armazenar arquivos com conteúdo pornográfico infantil é de dois a quatro
anos de detenção. Caso a perícia comprove que houve o envio do material a terceiros, a pena pode atingir oito anos.
O advogado está preso na enfermaria do CDP, por não haver
celas especiais para presos com
curso superior no presídio. Ontem à tarde a juíza da 2ª Vara
Federal de Araraquara, Tatiana
Menezes, negou pedido de liberdade provisória.
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