Ribeirão Preto, Domingo, 15 de Fevereiro de 2009

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Abandono domina quadras públicas em Ribeirão Preto

Problemas em fiação, vestiário e marcação nas quadras foram vistos pela Folha

Moradores de bairros da periferia temem presença de bichos e de usuários de drogas nas proximidades das quadras da cidade

ALAN DE FARIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Fiações roubadas. Vestiários destruídos. Falta de tinta nas quadras. Ausência de policiamento para coibir o uso de drogas. Essas são algumas das características das quadras e campos públicos localizados em oito bairros de Ribeirão, visitados pela Folha.
Abandono é a síntese das duas quadras do Jardim Paiva. Além das cestas de basquete estarem pichadas, as telas de proteção, quebradas, e as traves dos gols, velhas, o mato, ao redor das quadras, está alto, o que deixa apreensivos os moradores do bairro. "Tenho medo dos bichos que podem estar escondidos por lá", diz a dona-de-casa Fabiana Helena Vieira, 26.
Outro problema, apontado pela também dona-de-casa Liamara Elisandra da Silva, 29, é a falta de iluminação. "Iam instalar torres de luz, mas não fizeram isso até hoje", disse. Segundo as duas, jovens consomem drogas à noite no local.
No Avelino Palma, jovens fumavam maconha à tarde, enquanto outros jogavam futebol em uma quadra sem demarcação das linhas com tinta.
Já quem passa pelo bairro Adelino Simioni tem dificuldade em encontrar a quadra, ainda em construção e sem cesta de basquete e traves. O campo de futebol estava tomado pelo mato. "Faz um mês que não jogamos lá", disse o encanador Antonio Nascimento.
Perto dali, o presidente da associação de moradores do Quintino Facci 2, Ivaldo Francisco Araujo, 52, tenta reformar o complexo, composto por um campo e duas quadras: uma de malha e outra poliesportiva. "Encontramos o espaço bastante abandonado e sem fiação. Os vestiários estão destruídos e se tornaram local de consumo de drogas", disse.
No Quintino Facci 1, há um campo, cujo chão tem mais terra do que grama. O local recebe cuidados do aposentado José Luiz da Silva, 60. "É preciso telas de proteção para evitar que as bolas caiam nas casas vizinhas." Os vestiários têm água por que Silva, por conta própria, comprou a caixa d'água.
É também a comunidade do José Sampaio quem mantém o campo e a quadra no bairro. "Os moradores contratam tratores para cortar a grama", disse Ari Eduardo de Souza, 56, dono de um restaurante em frente ao local. Segundo ele, os moradores fizeram abaixo-assinado para reativar a quadra de malha.
Por fim, a quadra do Presidente Dutra 2 está sem fiação e traves e tem telhas quebradas.


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