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Importações da região crescem 69% no ano
De janeiro a abril, as dez maiores cidades importaram US$ 162,4 mi ante os US$ 96 mi do 1º quadrimestre de 2009
Coordenador do Ciesp diz que aumento é positivo porque itens comprados
no exterior são insumos, máquinas e equipamentos
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
A balança continua pendendo para as exportações, mas,
em 2010, são as mercadorias
importadas que têm ganho peso e destaque nas trocas comerciais das maiores cidades da região de Ribeirão Preto.
Nos quatro primeiros meses
do ano, os dez municípios mais
populosos da região compraram US$ 162,4 milhões em produtos do mercado externo, de
acordo com estatísticas do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio.
A cifra representa um incremento de 69% sobre os US$ 96
milhões importados no mesmo
período do ano passado e é a
maior desde 2006, ano em que
o ministério passou a divulgar
esses dados por município.
Segundo o coordenador do
Núcleo de Comércio Exterior
do Ciesp (Centro das Indústrias de SP), Rodrigo Faleiros, a
pauta de importações da região
é formada, principalmente, por
insumos e bens de capital (máquinas e equipamentos).
Essa característica, segundo
ele, torna positivo o crescimento das importações.
"O investimento em bens de
capital e o aumento na aquisição de matérias-primas mostra
que a produção da região está
aquecida", disse Faleiros.
Sinais desse aquecimento
podem ser encontrados, por
exemplo, em São Carlos, maior
importadora da região.
Na cidade, os principais itens
comprados no exterior neste
ano foram peças para a indústria automotiva. Em comparação, nos primeiros meses de
2009, o setor acumulava ameaças de demissões.
O real valorizado, segundo
Faleiros, incentiva e facilita a
compra de mercadorias de fora,
ao torná-las mais baratas para
as empresas brasileiras.
A alta nas importações pode
ser prejudicial, diz o coordenador do Ciesp, se produtos adquiridos no exterior passarem a
substituir mercadorias feitas
na região ou no país.
Não é o procedimento da
Agro Hemar, importadora de
insumos para fertilizantes de
Ribeirão. Segundo o gerente de
suprimentos, Eduardo Puga, a
empresa não consegue encontrar no Brasil o que necessita e,
para abastecer seus clientes,
importa nitrogênio, potássio e
fósforo do Leste Europeu.
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