Ribeirão Preto, Sábado, 15 de Maio de 2010

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Importações da região crescem 69% no ano

De janeiro a abril, as dez maiores cidades importaram US$ 162,4 mi ante os US$ 96 mi do 1º quadrimestre de 2009

Coordenador do Ciesp diz que aumento é positivo porque itens comprados no exterior são insumos, máquinas e equipamentos

JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A balança continua pendendo para as exportações, mas, em 2010, são as mercadorias importadas que têm ganho peso e destaque nas trocas comerciais das maiores cidades da região de Ribeirão Preto.
Nos quatro primeiros meses do ano, os dez municípios mais populosos da região compraram US$ 162,4 milhões em produtos do mercado externo, de acordo com estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
A cifra representa um incremento de 69% sobre os US$ 96 milhões importados no mesmo período do ano passado e é a maior desde 2006, ano em que o ministério passou a divulgar esses dados por município.
Segundo o coordenador do Núcleo de Comércio Exterior do Ciesp (Centro das Indústrias de SP), Rodrigo Faleiros, a pauta de importações da região é formada, principalmente, por insumos e bens de capital (máquinas e equipamentos).
Essa característica, segundo ele, torna positivo o crescimento das importações.
"O investimento em bens de capital e o aumento na aquisição de matérias-primas mostra que a produção da região está aquecida", disse Faleiros.
Sinais desse aquecimento podem ser encontrados, por exemplo, em São Carlos, maior importadora da região.
Na cidade, os principais itens comprados no exterior neste ano foram peças para a indústria automotiva. Em comparação, nos primeiros meses de 2009, o setor acumulava ameaças de demissões.
O real valorizado, segundo Faleiros, incentiva e facilita a compra de mercadorias de fora, ao torná-las mais baratas para as empresas brasileiras.
A alta nas importações pode ser prejudicial, diz o coordenador do Ciesp, se produtos adquiridos no exterior passarem a substituir mercadorias feitas na região ou no país.
Não é o procedimento da Agro Hemar, importadora de insumos para fertilizantes de Ribeirão. Segundo o gerente de suprimentos, Eduardo Puga, a empresa não consegue encontrar no Brasil o que necessita e, para abastecer seus clientes, importa nitrogênio, potássio e fósforo do Leste Europeu.


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