|
Próximo Texto | Índice
Acordo da zona leste "ignora" os lixões
Plano para ocupar a área de recarga do aquífero Guarani resolve problema de construtoras, mas não de aterros
Segundo o Ministério
Público, no entanto, a
intenção de impedir que
a urbanização polua o
aquífero foi atingida
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Chamado de "tratado de
paz", o conjunto de diretrizes
para a ocupação da zona leste
de Ribeirão, onde há área
de recarga do aquífero Guarani,
resolve dificuldades das
construtoras, mas não equaciona o problema dos
lixões.
Em 46 páginas do relatório
apresentado ontem na prefeitura,
só 15 linhas tratam
especificamente dos três antigos
depósitos de lixo existentes naquela região.
O documento foi elaborado
por um grupo de trabalho
convocado pelo Ministério
Público, com a intenção de
impedir que a urbanização
da zona leste poluísse o aquífero
e reduzisse sua capacidade de recarga.
Esse objetivo foi alcançado,
diz o promotor do Meio
Ambiente Marcelo Pedroso
Goulart, porque deverá ser
ampliada a área rural e normatizada
a expansão da
construção civil sobre a área.
Entre as propostas estão o limite
de 650 habitantes por
hectare na região e a não
aprovação de empreendimento
que não cumpra um
plano de macrodrenagem
definido pela prefeitura.
Por outro lado, a Promotoria
terá de lançar mão de iniciativas
para eliminar impactos dos aterros na área. "Os lixões
ainda são os principais
passivos ambientais daquela
região", disse Goulart.
Ele afirmou que pretende
instaurar inquéritos civis para
acompanhar as ações de
mitigação dos lixões de Serrana,
Jardim Juliana e da fazenda Santa Margarida.
No relatório, o item sobre
as providências a serem tomadas
para os depósitos sugere
que a prefeitura promova
"estudos e ações de gerenciamento"
para reduzir os
impactos ambientais conforme a "
legislação pertinente".
A prefeitura, aliás, é chamada
a tomar providências
em vários pontos do "tratado". A prefeita
Dárcy Vera (DEM) disse que
"tudo é um caminho e uma
oportunidade" para proteger
o aquífero. A administração
deve consolidar ações para
tentar tornar efetivas as sugestões
do documento, elaborado
em parceria com as
secretarias do Meio Ambiente e do Planejamento.
Próximo Texto: Propostas têm de ser aprovadas pela Câmara Índice
|