COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Dos 14 casos de gripe suína confirmados até ontem em Ribeirão Preto, quatro aconteceram em uma mesma família: a de uma cabeleireira de 35 anos que viajou aos Estados Unidos para participar de um curso. Ela foi o segundo caso confirmado na cidade.
Os outros três infectados são crianças e contraíram a doença na casa dos avós, onde a cabeleireira ficou em isolamento durante dez dias.
O filho, de seis anos, teve contato com a mãe após a viagem e foi o primeiro caso autóctone de Ribeirão. Com a confirmação da doença, a escola onde o garoto cursa a primeira série adiantou as férias para parte dos alunos, por precaução.
Dois primos do garoto -um menino de sete anos e outro de seis- também foram infectados. Todas as crianças foram monitoradas em casa e já saíram do isolamento domiciliar.
Segundo a cabeleireira, a família tomou os cuidados necessários e respeitou as orientações da Vigilância Epidemiológica sobre o isolamento. Ela afirmou que o contato das crianças com seu filho ocorreu antes de o menino apresentar suspeitas das gripe suína.
Ela comentou o fato de ter sido uma das primeiras a ter a gripe na cidade. "Foi um susto terrível. Na época, ninguém sabia muito sobre a doença." A cabeleireira retornou ao trabalho há duas semanas.
Ela diz não ter sentido preconceito das pessoas em relação à doença, porém, evita falar sobre o assunto. "Tenho que lhe responder por metáforas", disse ontem à Folha.


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