Vendas ao exterior em agosto foram responsáveis por novo recorde no ano, mas Ribeirão teve queda de 48,6%

O melhor desempenho percentual entre as dez cidades mais populosas foi de Sertãozinho, que teve aumento de 609%

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

As exportações das dez cidades mais populosas da região bateram novo recorde neste ano, pelo segundo mês consecutivo. As vendas ao exterior totalizaram US$ 327,7 milhões em agosto, uma alta de 41,4% ante o mesmo mês de 2009.
Antes de julho e agosto, a última vez que as exportações haviam ultrapassado o patamar dos US$ 300 milhões foi em novembro de 2009, quando totalizaram US$ 316,8 milhões.
Apesar do aumento regional, Ribeirão Preto teve queda de 48,6% nas exportações. Foi o pior desempenho entre as dez localidades (veja quadro ao lado).
O encerramento das atividades da Crystalsev, cujas vendas de açúcar deixaram de ser contabilizadas em Ribeirão, continuam influenciando negativamente.
Boa parte do crescimento da região em agosto foi impulsionada pelas empresas de Sertãozinho, cujos valores exportados cresceram 609%.
A alta está ligada aos dois produtos mais negociados pela cidade no exterior: o açúcar e os equipamentos para o setor sucroalcooleiro.
No caso do açúcar, que lidera as exportações de Sertãozinho, a cidade já vendeu US$ 133 milhões do produto de janeiro a agosto, ante US$ 46,6 milhões no mesmo período do ano passado.
Já no setor metalúrgico, a venda de caldeiras, por exemplo, cresceu 338% nos oito meses deste ano. Dentre os países que mais recebem produtos da cidade, Angola assumiu a ponta como destino de US$ 42,5 milhões das exportações, uma participação de 13% no total.
A alta está ligada a contratos de usinas fabricadas em Sertãozinho para instalação no país africano. "Há contratos fechados desde o ano passado, cujas entregas estão sendo efetivadas agora", afirmou o presidente do Ceise-BR, Adézio Marques.
Uma das fábricas que fecharam contratos com Angola foi a Planusi. O mercado africano é visto como promissor e já há negócios sendo tratados com empresas na Tanzânia e no Quênia, diz o diretor Vagner Stefanoni.
Em valores exportados em agosto, Araraquara mantém a liderança na região, com US$ 89,3 milhões. O suco de laranja é o carro-chefe da cidade no mercado externo.


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