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Igarapava, de novo, cassa cinco vereadores
Suplentes conseguem voltar ao cargo na Justiça e, na primeira sessão, cassam mandatos dos ex-titulares na Câmara
Sessão extraordinária durou 12 horas e teve a ausência de dois dos nove vereadores; cassados ainda podem recorrer de decisão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os cinco vereadores de Igarapava suspeitos de cobrar mensalinho do prefeito Francisco
Tadeu Molina (PSDB) foram
cassados anteontem à noite,
em sessão extraordinária que
durou 12 horas e teve a presença de sete dos nove vereadores.
A sessão ocorreu no primeiro
dia útil após os suplentes dos
parlamentares cassados conseguirem mandado de segurança
na Justiça para voltarem ao
cargo. O mandado reconsiderou o prazo para a extinção da
CP (Comissão Processante). Os
cassados voltaram à Câmara no
dia 2, alegando que o prazo para
o julgamento na CP, de 90 dias,
havia vencido.
Dois membros da CP criada
para investigar os vereadores
não compareceram à sessão de
anteontem, inclusive sua presidente, Denise Gobbi (PT). Todos os presentes votaram pela
cassação.
A vereadora petista não foi
encontrada para comentar o
caso. Na semana passada, havia
declarado que era contra os suplentes votarem no processo de
cassação, já que seriam beneficiados diretamente pelo ato. É
o mesmo argumento de Vilson
Rosa, advogado de dois dos ex-vereadores, para tentar reverter o processo de cassação (leia
texto ao lado).
A volta dos acusados à Câmara não durou uma semana. Três
deles -Alan Kardec de Mendonça (PSDB), Roberto da Silveira (PSDB) e José Eurípedes
de Souza (PT)- haviam voltado, na semana passada, a partir
de liminar que considerava extinto o prazo para seus processos serem finalizados. Eles encaminharam o fim dos processos de José Alves (DEM) e Sérgio de Freitas (PP).
Os suplentes que haviam
ocupado seus lugares contestaram o prazo e entraram com
um mandado de segurança para tentar afastar de novo os vereadores processados e poderem julgá-los.
Para o ex-suplente e atual
presidente da Câmara, Paulo
César de Morais (PSDB), a cassação foi legal. Ele afirmou que
os vereadores cassados podem
recorrer da decisão. Já Leandro
Silva (PV), também novo vereador, disse que dificilmente os
cassados conseguirão retornar
à Câmara na atual legislatura.
Antes de regressarem e serem retirados novamente da
Câmara, os vereadores estavam
afastados de suas funções desde que foram presos, em março
deste ano.
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