Ribeirão Preto, Quinta-feira, 15 de Outubro de 2009

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Igarapava, de novo, cassa cinco vereadores

Suplentes conseguem voltar ao cargo na Justiça e, na primeira sessão, cassam mandatos dos ex-titulares na Câmara

Sessão extraordinária durou 12 horas e teve a ausência de dois dos nove vereadores; cassados ainda podem recorrer de decisão


DA FOLHA RIBEIRÃO

Os cinco vereadores de Igarapava suspeitos de cobrar mensalinho do prefeito Francisco Tadeu Molina (PSDB) foram cassados anteontem à noite, em sessão extraordinária que durou 12 horas e teve a presença de sete dos nove vereadores.
A sessão ocorreu no primeiro dia útil após os suplentes dos parlamentares cassados conseguirem mandado de segurança na Justiça para voltarem ao cargo. O mandado reconsiderou o prazo para a extinção da CP (Comissão Processante). Os cassados voltaram à Câmara no dia 2, alegando que o prazo para o julgamento na CP, de 90 dias, havia vencido.
Dois membros da CP criada para investigar os vereadores não compareceram à sessão de anteontem, inclusive sua presidente, Denise Gobbi (PT). Todos os presentes votaram pela cassação.
A vereadora petista não foi encontrada para comentar o caso. Na semana passada, havia declarado que era contra os suplentes votarem no processo de cassação, já que seriam beneficiados diretamente pelo ato. É o mesmo argumento de Vilson Rosa, advogado de dois dos ex-vereadores, para tentar reverter o processo de cassação (leia texto ao lado).
A volta dos acusados à Câmara não durou uma semana. Três deles -Alan Kardec de Mendonça (PSDB), Roberto da Silveira (PSDB) e José Eurípedes de Souza (PT)- haviam voltado, na semana passada, a partir de liminar que considerava extinto o prazo para seus processos serem finalizados. Eles encaminharam o fim dos processos de José Alves (DEM) e Sérgio de Freitas (PP).
Os suplentes que haviam ocupado seus lugares contestaram o prazo e entraram com um mandado de segurança para tentar afastar de novo os vereadores processados e poderem julgá-los.
Para o ex-suplente e atual presidente da Câmara, Paulo César de Morais (PSDB), a cassação foi legal. Ele afirmou que os vereadores cassados podem recorrer da decisão. Já Leandro Silva (PV), também novo vereador, disse que dificilmente os cassados conseguirão retornar à Câmara na atual legislatura.
Antes de regressarem e serem retirados novamente da Câmara, os vereadores estavam afastados de suas funções desde que foram presos, em março deste ano.


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