Ribeirão Preto, Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010

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Obra descaracteriza balaústres do ribeirão

Tamanho e detalhes das muretas diferem das antigas, tombadas pelo Conppac

Edson Silva/Folhapress
Operário trabalha com a produção dos novos balaústres, instalados no ribeirão Preto, na avenida Jerônimo Gonçalves

HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO

Os novos balaústres do ribeirão Preto, na avenida Jerônimo Gonçalves, no centro histórico de Ribeirão, são diferentes dos originais, que foram arrancados para a obra antienchente. O problema é que os antigos balaústres foram tombados como patrimônio da cidade, assim como outros itens da avenida.
Os balaústres que começaram a ser instalados há uma semana têm tamanhos diferente, a base não tem os detalhes dos anteriores, as pilastras são menos largas e ainda há diferença no acabamento da viga superior.
O tombamento da avenida foi aprovado no segundo semestre do ano passado pelo Conppac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural) de Ribeirão Preto.
Durante o projeto para as obras antienchentes foi definido que a estética da mureta no entorno do rio seria preservada. "Foi acordado que a altura do balaústre seria maior, por motivos de segurança. No entanto, a estética não só do balaústre como da mureta inteira deveria ser a mesma de antes das obras", disse Cláudia Morrone, presidente do Conppac.
Ela enviou uma equipe técnica do conselho até o local na tarde de ontem para verificar se as muretas estão irregulares. "Se estiverem em desacordo com o que foi determinado, elas deverão ser retiradas e adequadas."
Segundo Morrone, o processo será reaberto e analisado. Os técnicos vão emitir um relatório sobre a situação no local. Se houver irregularidades, o Conppac vai tomar as medidas cabíveis.
O secretário de Obras Públicas, Abranche Fuad Abdo, disse que as novas muretas foram feitas de maneira a ficar "o mais próximas possível das anteriores".
"As novas muretas são de concreto armado, portanto mais seguras e devem durar mais. Antes, qualquer um passava por ali, chutava e os balaústres caíam. Agora isso não vai mais acontecer."

ANTIENCHENTE
As obras de combate a enchentes no ribeirão Preto já estão em sua terceira fase, nos trechos entre as ruas Martinico Prado e Ana Neri.
É o trecho mais caro -48% do valor integral. Toda a construção está orçada em cerca de R$ 108,8 milhões. Até completar o projeto, na altura da rua Primo Tronco, a Prefeitura de Ribeirão deverá desembolsar aproximadamente R$ 10 milhões.
A obra teve início no final de 2008 e tem como objetivo resolver o problema crônico de enchentes na Baixada e na Vila Virgínia. Desapropriações estão previstas.


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