DA FOLHA RIBEIRÃO

A região de Ribeirão responde por 30,8% das toneladas de agrotóxicos ilegais apreendidos pela polícia em todo o país, segundo o Sindag, entidade que representa empresas fabricantes de defensivos agrícolas. O produto, geralmente, é fabricado na própria região.
Até outubro, foram apreendidas 21,043 toneladas de agrotóxicos contrabandeados ou fabricados irregularmente no país. Dessas, 6,5 na região.
Se em anos anteriores os flagrantes eram quase nulos na região, neste ano, a quantidade é expressiva, principalmente pela maior atuação da polícia. Um exemplo é a Operação Caveirinha, da Polícia Civil do Paraná, em setembro. Duas pessoas foram presas.
Enquanto no Sul e Centro-Oeste predomina o contrabando de marcas do Paraguai, na região, o mais comum é falsificar marcas conhecidas, segundo o coordenador da campanha contra os agrotóxicos ilegais da Sindag, Fernando Henrique Marini. "Muitos produtos não têm sequer o ingrediente ativo. É uma mistura de água com corantes ou enxofre, que é um produto barato e deixa um cheiro de agrotóxico."
As embalagens originais são compradas ilegalmente, por até R$ 30, ou as quadrilhas falsificam os rótulos.
Entre os alvos estão produtos de multinacionais, como o "Priori Xtra", fungicida para soja e trigo, da Syngenta, e os inseticidas da Basf "Standak", para soja, milho, trigo e arroz, e "Regent" para cana-de-açúcar.


Texto Anterior: Laranja: Amarelinho reduz 9% em SP, mas segue igual na região
Próximo Texto: Shows de Roberto Carlos e Zeca Baleiro agitam a região
Índice