Cidade tem a mais ferrenha concorrência entre postos de combustíveis na região e, no Estado, ocupa a terceira posição

Ribeirão Preto ocupa a 13ª colocação em ranking feito pela Folha, com 2.184 veículos para cada posto de combustíveis

Silva Junior/Folha Imagem

Postos dividem clientela no Monte Alegre, em Ribeirão, que tem uma revenda a cada 2.184 veículos

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

As quatro maiores cidades da região de Ribeirão Preto estão no grupo dos 15 municípios com maior concorrência no comércio varejista de combustível. Levantamento feito pela Folha, com base em dados de postos em atividade e da frota oficial dos municípios, mostra que Araraquara aparece como a cidade da região com concorrência mais ferrenha. Ela ficou na terceira posição no Estado.
São 65 postos ativos na cidade, segundo o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), para uma frota oficial de cerca de 106 mil veículos, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), ou um posto a cada 1.631 veículos.
São Carlos, com 60 postos ativos, aparece na sexta colocação no ranking, com um revendedor a cada 1.823 carros. Em Ribeirão Preto, onde a frota se divide em 151 postos de combustíveis, a média é de 2.184 veículos para cada, o que deixa a cidade na 13ª posição na lista.
Franca aparece na 14ª colocação, com 72 postos para uma frota de 157 mil veículos, ou 2.188 veículos por revenda. O levantamento só inclui cidades com população superior a 200 mil habitantes.
Para o vice-presidente da Brascombustíveis (Associação Brasileira de Combustíveis), Renê Abbad, a região de Ribeirão Preto é considerada, no meio, ruim para novos investimentos. Ele disse que a concorrência pode ser ainda maior do que revela o ranking por conta do elevado número de veículos cadastrados na cidade, mas que vivem em trânsito em outras regiões. "É pior do que parece. O ideal é que tivéssemos um posto para cada 6.000 habitantes. Atualmente, temos um para cada 3.800", disse. "Como empresário, eu jamais abriria uma unidade em Araraquara."
Oswaldo Manaia, representante regional do Sincopetro, disse que a concorrência forte é o principal motivo do atual número de postos fechados na cidade: 17. Por outro lado, segue a procura para novos empreendimentos: foram cinco inaugurações nos últimos dois meses.
"Para manter meu posto, por exemplo, tenho que estar no limite das contas. Aqui na região não tem essa de que revendedor de combustível é magnata", afirmou Manaia.


Próximo Texto: Promotoria quer "criminalizar" ação contra postos
Índice