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Projeto de Franca "imita" o Cidade Limpa
"Visual Novo" impõe limite a outdoors, painéis e fachadas de loja e proíbe propaganda em carros e motos
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
O projeto de lei do prefeito
Sidnei Rocha (PSDB) em Franca pretende banir do município
outdoors que ultrapassem três
metros de altura e também limitar o uso das fachadas de lojas e indústrias. O projeto "Visual Novo" segue modelo de
combate à poluição visual do
"Cidade Limpa", proposto na
capital pelo prefeito Gilberto
Kassab (DEM).
Se aprovado, as empresas de
outdoors terão 60 dias para se
regularizar. Para lojas e indústrias, o prazo de adaptação das
fachadas será de um ano. Lojistas aprovam a iniciativa, mas
querem maior flexibilidade na
lei para expor suas marcas.
Segundo a secretária Valéria
Marson (Urbanismo e Habitação), o projeto visa combater a
poluição visual provocada por
outdoors, fachadas de lojas e
cartazes espalhados nas ruas
sem o controle da prefeitura.
Pela minuta do projeto, está
proibida a colocação de qualquer tipo de anúncio (placas,
cartazes ou faixas) em parques,
praças, imóveis de uso residencial sem licença prévia, postes
de iluminação, pontes, viadutos ou muros. Também fica vetada a propaganda móvel, em
carros, bicicletas ou trailers.
Os outdoors, segundo a proposta, não poderão ultrapassar
a dimensão de três metros de
altura por nove metros de comprimento. No caso de painéis,
os limites são de 4 m por 9 m.
Mesmo com o limite, do chão,
contando do suporte até o alto
do painel, a altura não poderá
passar dos 8 m.
Estão vetados, portanto, os
outdoors quádruplos que chegam a atingir 27 m de comprimento. Além disso, em uma
mesma avenida, eles deverão
manter distância de 2 m.
Para fachadas de lojas, estabelecimentos pequenos, com
até cinco metros de fachada, só
poderão utilizar um metro quadrado da área para sua publicidade institucional. Ainda assim, não poderá invadir a calçada ou o passeio público.
"Às vezes, uma loja pequena
está com uma baita placa e mais
outra perpendicular à sua fachada, em cima da calçada",
disse Valéria. João Carlos
Cheade, da Acif (Associação
Comercial e Industrial de
Franca), apoia o projeto mas
quer mais flexibilidade. "Queremos que aumente um pouco
a metragem para a fachada das
lojas, com um percentual."
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