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Cidade pequena puxa geração de emprego
Enquanto nas dez maiores cidades o saldo foi negativo em 1.439 vagas, em outras 41 foram criados 5.567 empregos
As 41 cidades da região significam 11,8% de todos os empregos com carteira assinada gerados em todo o país apenas no mês passado
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Enquanto os dez maiores
municípios da região de Ribeirão Preto, que somam 1,8 milhão de habitantes, cortaram
1.439 vagas de trabalho com
carteira assinada em março,
outras 41 cidades da região,
com 1,1 milhão de habitantes,
criaram 5.567 vagas no período.
É o que mostra o Caged (Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado ontem, que contabiliza
os dados de empregos com carteira assinada em todo o país e
nos 51 municípios mais populosos da região.
Considerando apenas as dez
maiores cidades -de Ribeirão a
Batatais-, o cenário é negativo.
Foi o pior mês de março da década, o que contribuiu para que
o primeiro trimestre de 2009
fosse o pior dos últimos dez
anos (leia texto nesta página).
Mas, quando são analisadas
as cidades médias e pequenas
-de Taquaritinga, 55 mil habitantes, a Ribeirão Bonito, com
11 mil- a história é outra. Os 41
municípios nessa faixa populacional representam 11,8% de
todos os empregos com carteira assinada gerados no Brasil
em março -34.818.
Em março do ano passado,
mesmo com um número maior
de empregos (6.551), eles geraram 6,1% das vagas do país (veja
quadro nesta página).
"Na década passada, o centro
de gravidade da economia paulista saiu da capital e veio para o
interior, em cidades como Ribeirão, São Carlos e Araraquara. Agora, a economia está caminhando para os pequenos
municípios, distribuída entre
eles", disse Antônio Vicente
Golfeto, diretor do Instituto de
Pesquisas Sociais da ACI-RP
(Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
Para ele, o exemplo claro é
Ibaté. Com pouco mais de 29
mil habitantes, gerou 1.306 vagas, o dobro de março do ano
passado. "A cidade que nasce
do agronegócio é mais forte
economicamente", disse.
Segundo Marco Antônio
Strozzi, assessor do departamento de Planejamento, Gestão e Finanças do município, o
fortalecimento da indústria e
do agronegócio nos últimos
anos impulsionou a economia
local. "Sempre há emprego."
Já Monte Azul Paulista sofreu com a citricultura e cortou
1.215 vagas -contra 99 criadas
em março de 2008.
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