Ribeirão Preto, Quinta-feira, 16 de Abril de 2009

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Cidade pequena puxa geração de emprego

Enquanto nas dez maiores cidades o saldo foi negativo em 1.439 vagas, em outras 41 foram criados 5.567 empregos

As 41 cidades da região significam 11,8% de todos os empregos com carteira assinada gerados em todo o país apenas no mês passado

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Enquanto os dez maiores municípios da região de Ribeirão Preto, que somam 1,8 milhão de habitantes, cortaram 1.439 vagas de trabalho com carteira assinada em março, outras 41 cidades da região, com 1,1 milhão de habitantes, criaram 5.567 vagas no período.
É o que mostra o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado ontem, que contabiliza os dados de empregos com carteira assinada em todo o país e nos 51 municípios mais populosos da região.
Considerando apenas as dez maiores cidades -de Ribeirão a Batatais-, o cenário é negativo. Foi o pior mês de março da década, o que contribuiu para que o primeiro trimestre de 2009 fosse o pior dos últimos dez anos (leia texto nesta página).
Mas, quando são analisadas as cidades médias e pequenas -de Taquaritinga, 55 mil habitantes, a Ribeirão Bonito, com 11 mil- a história é outra. Os 41 municípios nessa faixa populacional representam 11,8% de todos os empregos com carteira assinada gerados no Brasil em março -34.818.
Em março do ano passado, mesmo com um número maior de empregos (6.551), eles geraram 6,1% das vagas do país (veja quadro nesta página).
"Na década passada, o centro de gravidade da economia paulista saiu da capital e veio para o interior, em cidades como Ribeirão, São Carlos e Araraquara. Agora, a economia está caminhando para os pequenos municípios, distribuída entre eles", disse Antônio Vicente Golfeto, diretor do Instituto de Pesquisas Sociais da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
Para ele, o exemplo claro é Ibaté. Com pouco mais de 29 mil habitantes, gerou 1.306 vagas, o dobro de março do ano passado. "A cidade que nasce do agronegócio é mais forte economicamente", disse.
Segundo Marco Antônio Strozzi, assessor do departamento de Planejamento, Gestão e Finanças do município, o fortalecimento da indústria e do agronegócio nos últimos anos impulsionou a economia local. "Sempre há emprego."
Já Monte Azul Paulista sofreu com a citricultura e cortou 1.215 vagas -contra 99 criadas em março de 2008.


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