|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CEE da Câmara endossa que multa podia ser apagada
Afirmação é do vereador Jorge Parada (PT), presidente da comissão que apura caso
Ex-superintendente nega ilegalidade; atual gestão não sabe nº de multas que podem ter sido apagadas na administração anterior
DA FOLHA RIBEIRÃO
A CEE (Comissão Especial
de Estudos) da Câmara de Ribeirão deve concluir em seu relatório final que o sistema de
informática da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte
Urbano de Ribeirão Preto S.A.)
permitia apagar multas durante o mandato de Welson Gasparini (PSDB). A informação é do
vereador Jorge Parada (PT),
presidente da comissão, que investiga, além do sumiço de
multas na gestão tucana, a situação financeira da Transerp.
A Folha revelou em março
que a atual gestão da empresa
descobriu que o sistema permitia apagar multas. Até hoje a
Transerp não sabe se multas
foram apagadas. Na época, o
superintendente da empresa,
William Latuf, disse que em
uma semana teria levantamento de quantas multas tinham
sido eliminadas manualmente.
De acordo com Parada, o que
leva à conclusão de que o sistema de informática era vulnerável é o depoimento do diretor
de informática da Coderp
(Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão
Preto), Mauro Rosa Peixoto,
funcionário de confiança contratado no governo Dárcy Vera
(DEM), segundo o próprio Parada. "Mas, só porque ele foi
contratado por essa gestão, isso
não significa que não tenha
credibilidade."
O vereador afirmou que a comissão deve ser encerrada em
breve, sem, no entanto, dar
prazo. No próximo dia 23, um
engenheiro da empresa pública
deve ser ouvido.
Segundo o vereador petista,
depois de concluído, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público para investigação
de responsabilidades.
O promotor da Cidadania,
Sebastião Sérgio da Silveira, já
conduz inquérito sobre o assunto desde a época em que o
caso foi noticiado pela Folha.
Ele, porém, disse depender
de informações da Transerp
sobre a quantidade de multas
sem registro para prosseguir
com o inquérito. Ontem, Latuf
disse que o trabalho de contar
quantas multas podem ter sido
apagadas é demorado e não deu
prazo para que seja terminado.
O ex-superintendente da
Transerp Antonio Carlos Muniz, que já foi ouvido pela comissão e negou tudo, voltou a
negar ontem. "Isso não procede. Esse sistema foi criado pela
própria Coderp e não permitia
apagar multas", afirmou o ex-superintendente.
Texto Anterior: Saúde: Ribeirão monitora mulher com suspeita de gripe suína Próximo Texto: No bosque: Jardim Japonês completa 40 anos de "cara nova" Índice
|