Ribeirão Preto, Terça-feira, 16 de Junho de 2009

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CEE da Câmara endossa que multa podia ser apagada

Afirmação é do vereador Jorge Parada (PT), presidente da comissão que apura caso


Ex-superintendente nega ilegalidade; atual gestão não sabe nº de multas que podem ter sido apagadas na administração anterior

DA FOLHA RIBEIRÃO

A CEE (Comissão Especial de Estudos) da Câmara de Ribeirão deve concluir em seu relatório final que o sistema de informática da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A.) permitia apagar multas durante o mandato de Welson Gasparini (PSDB). A informação é do vereador Jorge Parada (PT), presidente da comissão, que investiga, além do sumiço de multas na gestão tucana, a situação financeira da Transerp.
A Folha revelou em março que a atual gestão da empresa descobriu que o sistema permitia apagar multas. Até hoje a Transerp não sabe se multas foram apagadas. Na época, o superintendente da empresa, William Latuf, disse que em uma semana teria levantamento de quantas multas tinham sido eliminadas manualmente.
De acordo com Parada, o que leva à conclusão de que o sistema de informática era vulnerável é o depoimento do diretor de informática da Coderp (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto), Mauro Rosa Peixoto, funcionário de confiança contratado no governo Dárcy Vera (DEM), segundo o próprio Parada. "Mas, só porque ele foi contratado por essa gestão, isso não significa que não tenha credibilidade."
O vereador afirmou que a comissão deve ser encerrada em breve, sem, no entanto, dar prazo. No próximo dia 23, um engenheiro da empresa pública deve ser ouvido.
Segundo o vereador petista, depois de concluído, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público para investigação de responsabilidades.
O promotor da Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira, já conduz inquérito sobre o assunto desde a época em que o caso foi noticiado pela Folha.
Ele, porém, disse depender de informações da Transerp sobre a quantidade de multas sem registro para prosseguir com o inquérito. Ontem, Latuf disse que o trabalho de contar quantas multas podem ter sido apagadas é demorado e não deu prazo para que seja terminado.
O ex-superintendente da Transerp Antonio Carlos Muniz, que já foi ouvido pela comissão e negou tudo, voltou a negar ontem. "Isso não procede. Esse sistema foi criado pela própria Coderp e não permitia apagar multas", afirmou o ex-superintendente.


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