Ribeirão Preto, Quarta-feira, 16 de Junho de 2010

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Fim de hora extra de médicos atrasa os atendimentos

Pacientes esperaram ontem até cinco horas para fazer consulta em unidade de saúde

DE RIBEIRÃO PRETO

A paralisação das horas extras dos médicos da rede municipal de Ribeirão gerou espera de até cinco horas ontem nas unidades de saúde. Durante a manhã, na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) da Vila Virgínia, por exemplo, pacientes que chegaram às 7h não tinham sido atendidos até as 12h.
"Não vamos abrir ficha de pacientes se não houver médicos trabalhando. Não podemos oferecer um serviço que não temos", disse a gerente da unidade, Giovanna Teresinha Cândido.
Até as 15h a unidade tinha só um médico na clínica médica e outro na emergência. Após esse horário, a situação só não ficou pior por causa do jogo do Brasil pela Copa do Mundo. Das 15h às 19h só um médico fez os atendimentos de urgência.
Segundo o médico André Marques, se algum colega fizer hora extra pode ser punido pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) por não respeitar um acordo.
"Ficamos de mãos atadas. De um lado tem o CRM e, do outro, a população, que se revolta com a demora no atendimento. Nesta semana, um colega quase foi agredido por um paciente que reclamou da demora", afirmou.
No fim de semana a situação promete ser crítica. Na pediatria não há nenhum médico escalado das 15h de sábado às 7h de domingo.
O secretário da Saúde, Stênio Miranda, disse que está analisando as escalas. "Não vamos fechar nenhuma unidade. O que podemos fazer é deslocar médicos e pacientes, mas esperamos uma negociação com os médicos."


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