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Fim de hora extra de médicos atrasa os atendimentos
Pacientes esperaram ontem até cinco horas para fazer consulta em unidade de saúde
DE RIBEIRÃO PRETO
A paralisação das horas
extras dos médicos da rede
municipal de Ribeirão gerou
espera de até cinco horas ontem nas unidades de saúde.
Durante a manhã, na UBDS
(Unidade Básica Distrital de
Saúde) da Vila Virgínia, por
exemplo, pacientes que chegaram às 7h não tinham sido
atendidos até as 12h.
"Não vamos abrir ficha de
pacientes se não houver médicos trabalhando. Não podemos oferecer um serviço
que não temos", disse a gerente da unidade, Giovanna
Teresinha Cândido.
Até as 15h a unidade tinha
só um médico na clínica médica e outro na emergência.
Após esse horário, a situação
só não ficou pior por causa
do jogo do Brasil pela Copa
do Mundo. Das 15h às 19h só
um médico fez os atendimentos de urgência.
Segundo o médico André
Marques, se algum colega fizer hora extra pode ser punido pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) por não
respeitar um acordo.
"Ficamos de mãos atadas.
De um lado tem o CRM e, do
outro, a população, que se revolta com a demora no atendimento. Nesta semana, um
colega quase foi agredido por
um paciente que reclamou
da demora", afirmou.
No fim de semana a situação promete ser crítica. Na
pediatria não há nenhum
médico escalado das 15h de
sábado às 7h de domingo.
O secretário da Saúde, Stênio Miranda, disse que está
analisando as escalas. "Não
vamos fechar nenhuma unidade. O que podemos fazer é
deslocar médicos e pacientes, mas esperamos uma negociação com os médicos."
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