Ribeirão Preto, Terça-feira, 16 de Agosto de 2011

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Dois juízes de Ribeirão recebem escolta

Magistrados tiveram proteção especial depois de sofrerem ameaças, feitas principalmente por integrantes do PCC

Situação ganhou repercussão depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli, do Rio, na semana passada


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


Dois juízes de Ribeirão Preto -um federal e outro do Judiciário estadual- estão sendo escoltados. Eles receberam proteção especial após sofrerem ameaças.
As assessorias de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) e do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) não confirmaram as informações, sob alegação de medidas de segurança.
A reportagem apurou que grande parte das ameaças recebidas pelos magistrados é de integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Procurados, os juízes não falaram com a reportagem da Folha.
O aumento da segurança entre os magistrados ganhou repercussão depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), na semana passada.
Dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apontam que, no país, há 42 juízes escoltados, 13 em situação de risco e 69 sofrem ameaças.
Segundo a assessoria do CNJ, há três meses, a corregedora e ministra Eliana Calmon solicitou aos tribunais uma lista com os nomes de todos os magistrados que sofrem algum tipo de ameaça e necessitam de escolta.
No entanto, ainda de acordo com a assessoria do CNJ, há tribunais que até a noite de ontem não haviam respondido à solicitação -como o de São Paulo.
A assessoria informou ainda que não existe sanção para os tribunais que não repassaram as informações. No entanto, elas são fundamentais para que haja apoio ao Judiciário, afirmou.
Gabriel Wedy, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), disse, em nota, que muitos juízes deixam de atuar na esfera criminal por medo.
Wedy cobra a criação de uma polícia judiciária e um órgão colegiado para julgar organizações criminosas e o narcotráfico internacional, com o objetivo de dar mais segurança aos magistrados.
Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, presidente da Apamagis (Associação Paulista dos Magistrados), afirmou em nota que é preciso que as autoridades se conscientizem da importância de aumentar a segurança pessoal dos juízes e servidores.
Também é necessário "proteger os prédios e os usuários da Justiça", disse.
Segundo o CNJ, o Paraná tem o maior número de juízes ameaçados, com 30 casos. No Maranhão, quatro juízes fizeram 24 pedidos de aumento da segurança.


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