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Dárcy planeja subir IPTU só na zona sul
Em 2011, imposto pode subir de 20% a 30% para condomínios fechados e imóveis de bairros como o Jd. Canadá
Argumento é que a distorção é maior nessa região; arrecadação extra é necessária para cobrir deficit nas contas
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
A revisão da planta genérica de valores, base para o cálculo do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), de
Ribeirão Preto produzirá
seus primeiros impactos na
região sul da cidade.
Segundo a Folha apurou
com fontes do governo, o imposto poderá aumentar, em
média, de 20% a 30% principalmente em condomínios
fechados e imóveis do Jd. Canadá, Alto da Boa Vista e
bairros vizinhos.
Se a prefeita Dárcy Vera
(DEM) não mudar de ideia
até o final do mês, quando o
projeto da revisão será enviado à Câmara, a administração vai argumentar que as
maiores distorções no valor
venal dos imóveis ocorrem
na zona sul da cidade.
A atualização dos valores,
medida necessária para alavancar as receitas da prefeitura e reduzir o deficit orçamentário reinaugurado na
gestão Dárcy, deve render de
R$ 70 milhões a R$ 100 milhões a mais à administração
no próximo ano.
O valor extra não está previsto no Orçamento que foi
entregue à Câmara no final
de setembro.
A previsão oficial é arrecadar R$ 100 milhões com o
IPTU -um incremento de
7,53% em relação à previsão
deste ano, de R$ 93 milhões.
Na prática, isso significa
que a peça orçamentária para 2011, de R$ 1,42 bilhão, está "subestimada".
Segundo o presidente da
Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), a prefeita manifestou intenção de enviar a
revisão da planta genérica ao
Legislativo até o final deste
mês. Cícero afirmou, porém,
que não há necessidade de
votar a revisão do IPTU antes
do Orçamento 2011, que deve
ser analisado pelos vereadores até o final de novembro.
Sobre a nova planta genérica, o presidente da Câmara
afirmou que a exigência é
que seja analisada até o fim
de dezembro para que, se for
aprovada, passe a valer já no
próximo ano.
Segundo o diretor regional
do SindusCon (Sindicato da
Indústria da Construção Civil), José Batista Ferreira, a
revisão da planta genérica
não pode ser implantada
apenas parcialmente, como
quer a prefeitura.
"Revisão de planta genérica tem de ser para a cidade
inteira", disse.
O presidente da Asac (Associação dos Amigos do Canadá), Honyldo Roberto Pereira Pinto, 63, afirmou que a
entidade não será contra a
atualização dos valores, mas
cobrará "transparência" do
governo municipal.
"Queremos saber exatamente onde será aplicado o
dinheiro. Não interessa se a
revisão será parcial, o que
não queremos é ver o aumento do imposto sem saber o
que será feito com os recursos, já que os serviços públicos prestados são sofríveis",
disse Pereira Pinto.
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