|
Próximo Texto | Índice
Ribeirão integra quadrilátero de 1º Mundo
Estudo conclui que país imaginário formado por 185 cidades paulistas seria o 27º no ranking das maiores economias do mundo
Pesquisa encomendada pelo Estado avaliou PIB, condições de transportes, comunicação e energia e desenvolvimento humano
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Ribeirão Preto e outras 16 cidades da região fazem parte de
um quadrilátero que contém
185 cidades paulistas que, se
fossem um país, ocupariam o
27º lugar no ranking das maiores economias do mundo.
Esta foi a conclusão de um
estudo realizado pela empresa
de consultoria internacional
Prospectiva, com sede na capital, a pedido da Secretaria Estadual de Desenvolvimento. O
objetivo da pasta é direcionar
investimentos.
O estudo avaliou os principais indicadores oficiais (PIB e
balança comercial), além das
características de infra-estrutura (transportes, comunicação, energia) e de desenvolvimento humano dos 185 municípios. Foram usados os dados
mais atualizados de cada um
dos indicadores.
Dentro do quadrilátero imaginário, que tem como vértices
Ribeirão Preto, Taubaté, Botucatu e Santos, está uma região
altamente desenvolvida, que
tem economia superior à de
países de Primeiro Mundo, como a Dinamarca.
A área delimitada por esse
quadrilátero imaginário inclui
a capital e tem 57 mil quilômetros quadrados. Juntas, as 185
cidades ou 28,6% do total de
municípios paulistas detêm
84,85% do PIB (Produto Interno Bruto) de SP. "A região de
Ribeirão Preto notadamente
contribui para os números do
quadrilátero por meio da intensa atividade do setor agropecuário e do sub-setor agroindústria, especialmente na produção de cana-de-açúcar e laranja. Além disso, Ribeirão é
importante pólo no setor de
instrumentação médico-hospitalar", disse o diretor executivo
da Prospectiva, Juliano Seabra.
O fato de a região ser um pólo
universitário e ter uma infra-estrutura para desenvolvimento considerada boa pelos pesquisadores também colaborou
para sua inclusão.
Ribeirão aparece com destaque no estudo, acompanhada
de Pradópolis e Sertãozinho,
que são cidades privilegiadas
por terem usinas de açúcar e álcool, que são os produtos mais
exportados pela região.
As 17 cidades da região incluídas no estudo são responsáveis por 2,144% do PIB do Estado. Só o município de Ribeirão
tem 1,389% da soma das riquezas estaduais.
"O importante é que temos
uma diversificação muito grande na produção dessa riqueza.
O setor de prestação de serviços cresceu muito, assim como
a educação e a construção civil.
Além disso, há uma grande
quantidade de pequenas e médias empresas. Aqui é mais diluído, não é como o Vale do Paraíba, dependente da Volkswagen e Embraer", disse o secretário da Fazenda de Ribeirão,
Afonso Reis Duarte.
Segundo Duarte, o cálculo do
PIB de 2005, que baseia o estudo por ser o mais recente por
municípios, coloca Ribeirão na
127ª posição entre todas as cidades do mundo.
"De 2005 a outubro de 2008,
5.801 novas empresas se instalaram em Ribeirão. A tendência
é esse desenvolvimento crescer, uma vez que fomos escolhidos para abrigar um dos cinco
pólos de alta tecnologia do Estado", disse o secretário.
Próximo Texto: Região Metropolitana: Projeto de criação só deve ser votado em 2009 Índice
|