Ribeirão Preto, Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Preço do álcool oscilará menos, diz Unica

Entidade dos usineiros diz que em 2011 preço não ficará abaixo de R$ 1, mas também não deve chegar a R$ 1,89

Mas, instituições que representam os postos em Ribeirão Preto veem com ceticismo essa previsão de estabilidade


Edson Silva/Folhapress
O frentista Antonio da Silva abastece uma moto em posto de combustíveis de Ribeirão

MARCELO TOLEDO
EM SÃO PAULO

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Esqueça o litro de álcool a R$ 0,89. Em 2011, o motorista não vai encontrar o litro do álcool nos postos de combustíveis sendo vendido por menos de R$ 1, mas também não vai pagar R$ 1,89.
É o que afirma a Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), que reúne os principais grupos do setor sucroalcooleiro do país.
O consumidor deve achar, segundo a entidade, o combustível nos postos da região num cenário mais equilibrado que o verificado nos últimos anos, com oscilações de preço numa margem menor.
"Não vejo movimentos bruscos de mercado e os preços devem ser mais estáveis no próximo ano", disse Antônio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da Unica.
Segundo ele, essa estabilidade deve ocorrer mesmo na entressafra -que prossegue até março, quando parte das usinas já terá iniciado a moagem da safra 2011/12.
"Deve haver queda em abril e maio, por conta do início da safra. É, mesmo hoje, um mercado competitivo e há preferência pelo etanol [em relação à gasolina]."
Antes, porém, uma nova alta pode ocorrer. Nas usinas, o etanol hidratado -usado em veículos flex- subiu 44,58% desde julho, segundo o Cepea, da Esalq/ USP, enquanto nas bombas o aumento foi de 13,42%.
Para o Cepea, a demanda aquecida tem favorecido os reajustes. Sem impostos, o etanol custa hoje R$ 1,067 na usina. A Unica diz que o litro não chegará a R$ 1,20 -valor que provocou o R$ 1,89 nos postos na última entressafra.
Instituições que representam os postos veem com ceticismo a previsão. "Alguns fatores jogam contra. O produto é feito durante sete meses para ser vendido em 12", diz o vice-presidente da Brascombustíveis, Renê Abbad. Oswaldo Manaia, do Sincopetro em Ribeirão, concorda.


Próximo Texto: Desabastecimento até março é descartado
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.