Imposto rende R$ 169,7 milhões a Ribeirão Preto, Franca, São Carlos e Araraquara, ante os R$ 146,4 milhões de 2008

Nessas quatro cidades, a variação da receita com IPVA nos 12 meses do ano passado superou o crescimento da frota no mesmo período

ARARIPE CASTILHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A receita com IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor) cresceu 15,9% nas prefeituras das quatro maiores cidades da região em 2009, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda. O tributo rendeu a Ribeirão Preto, Franca, São Carlos e Araraquara R$ 169,7 milhões de janeiro a dezembro do ano passado, ante os R$ 146,4 milhões de 2008.
Ribeirão teve a maior receita (R$ 92,7 milhões) e também o crescimento mais expressivo: 16,6% em relação ao ano anterior. Como metade do valor pago pelos donos de veículos fica com as prefeituras, isso significa que só o ribeirão-pretano pagou ao menos R$ 185,4 milhões de IPVA em 2009 -o dobro do que a cidade recebeu.
Para o professor do departamento de administração pública da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara, Valdemir Pires, apesar da crise econômica, três fatores podem explicar o crescimento das receitas: redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos novos, formas facilitadas para compra e alto valor venal.
Dos quatro municípios, São Carlos foi o que teve o maior crescimento percentual da frota, segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). A Secretaria de Transporte e Trânsito da cidade disse, através da assessoria, que o aumento da frota em circulação influenciou na receita do IPVA.
O secretário da Fazenda de São Carlos, Paulo Almeida, disse que a mobilidade está entre as prioridades elencadas no Orçamento. "Só no recapeamento, em 2010 vamos colocar R$ 11 milhões", afirmou.
Nas quatro cidades, a variação da receita com IPVA superou a alta da frota. Isso se deve à renovação da frota -quanto mais novo o veículo, mais caro é o imposto pago. Em Franca, onde a frota ficou 4,5% maior e a receita de IPVA inflou 10,3%, o secretário Sérgio Buranelli, que responde pelo trânsito, disse que a administração tem planos para investir mais em sinalização e disponibilidade de estacionamentos no centro.
A Prefeitura de Araraquara e a Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A.) não comentaram o assunto.


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