Ribeirão Preto, Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009

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Empresas do distrito pedem socorro a Dárcy

Sem crédito e com obras paradas ou em ritmo lento, indústrias querem isenção de IPTU e renegociação do pagamento de lotes

Pedidos serão levados à Prefeitura de Ribeirão em reunião no próximo dia 4 com Celso Sterenberg, o secretário da Casa Civil

Silva Junior/Folha Imagem
Os pedreiros Pedro Rego de Oliveira (à direita) e Antonio Rodrigues, que trabalham em obra do Distrito Empresarial, em Ribeirão

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Para impedir que as atividades produtivas no Distrito Empresarial de Ribeirão Preto sejam adiadas para 2010, a Adderi (Associação de Desenvolvimento do Distrito Empresarial de Ribeirão Preto) vai pedir "socorro" à prefeitura comandada por Dárcy Vera (DEM). Uma reunião com o secretário da Casa Civil, Celso Sterenberg, responsável pelas políticas de desenvolvimento econômico na prefeitura, está marcada para o próximo dia 4.
Segundo Paulo Senna, presidente da Adderi, pelo menos 20 empresas das 53 que compraram lotes no empreendimento enfrentam dificuldades para construir porque não conseguem crédito nos bancos.
Uma reunião para formatar o pedido de ajuda à prefeitura foi realizada na última quinta, com a participação de 27 empresas. A intenção da Adderi é obter isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para as empresas e renegociar o pagamento dos lotes.
Além disso, a associação vai pedir à prefeitura que interceda junto aos bancos em apoio aos empresários. "A Adderi quer que as empresas estejam no distrito neste ano. Por isso, vai conversar com a prefeitura sobre possíveis soluções para essas empresas que estão com dificuldade", disse Senna.
Na avaliação do empresário Edvaldo Síscaro, 50, dono da Ello Forte, empresa que comercializa produtos para a indústria da construção civil, qualquer ajuda da prefeitura será benvinda neste momento de restrição de crédito.
Síscaro, que está construindo com recursos próprios, reviu o cronograma de sua obra em dezembro e acha que só vai iniciar as operações no distrito em agosto, nove meses depois do que havia acordado com a Prefeitura de Ribeirão.
"Estou construindo de acordo com minhas possibilidades. Meu segmento é o da construção civil. Houve desaquecimento e foi alto. Eu teria que ter terminado minha obra em novembro, mas com esses problemas todos parou um pouco a obra", afirmou o empresário.
O lançamento dos lotes do distrito ocorreu em 2004, no governo do petista Gilberto Maggioni. Ontem, a Folha esteve no local e contou pelo menos nove obras paralisadas ou em ritmo lento. O pedreiro Pedro Rego Oliveira, 44, que fazia com apenas mais um colega o alicerce de uma indústria de plásticos, afirmou que já tem ordem para parar o serviço quando acabar a fundação, o que deve acontecer em 40 dias.
"Para andar aqui num ritmo normal precisaria de umas seis pessoas. O que eles [donos da empresa] falam é que vão dar uma parada", disse o pedreiro.
Atualmente, no distrito apenas uma empresa, a Rev Prol, inaugurada no ano passado, está funcionando. A expectativa é que outras três abram as portas até abril e que mais seis comecem a produzir até julho.
"A prefeitura vai estar junto para estabelecer novos cronogramas [de obras e de pagamentos] se for preciso e analisar os pleitos isoladamente", disse o secretário da Casa Civil.


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