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Aeroporto pode perder grandes aeronaves
Levantamento da Prefeitura de Ribeirão aponta que é necessário desapropriar 293 imóveis que estão na lateral da pista
Pista do Leite Lopes para receber Airbus A-320 foi homologada de forma temporária pela Anac, que fez várias exigências
Edson Silva/Folha Imagem
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Vista de imóveis da rua Americana, no Jardim Salgado Filho, que, pelo levantamento enviado ao Daesp, terá que ser recuada 50 m
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Para que o aeroporto Leite
Lopes continue recebendo aeronaves de grande porte como
os Airbus A-320 operados pela
TAM, pelo menos 293 imóveis
localizados ao lado de sua pista
terão que ser desapropriados.
Esse foi o resultado de um levantamento feito pela Secretaria de Planejamento de Ribeirão a pedido do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado
de São Paulo), órgão responsável pela gestão do aeroporto.
Caso a remoção dos imóveis
não seja feita, o aeroporto que
atualmente aspira ser elevado à
categoria internacional pode
até mesmo ser rebaixado e deixar de receber aviões grandes.
A atual capacidade do Leite
Lopes foi definida após o alargamento da pista, em 2006. Após
a reforma, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) homologou a pista provisoriamente.
A certificação permanente foi
condicionada a uma série de
exigências, entre as quais um
estudo sobre a curva de ruído do
aeroporto, que também exigirá
remoção de casas, e o aumento
do recuo lateral de segurança da
pista, espaço que é ocupado pelos 293 imóveis.
Cabe ao Daesp bancar as desapropriações tanto dos imóveis que estão na curva de ruído
quanto daqueles que ocupam a
lateral da pista. No primeiro caso, a quantidade de imóveis ainda não foi definida.
De acordo com o levantamento enviado pela prefeitura
ao Daesp, remover as 293 famílias custaria R$ 12 milhões. Esse
valor, no entanto, toma como
referência os dados da PGV
(Planta Genérica de Valores) da
prefeitura, com o metro quadro
construído cotado entre R$ 400
e R$ 500. O custo deve mudar
quando forem feitos os estudos
de campo para as desapropriações, segundo o secretario de Planejamento de Ribeirão,
Ivo Colichio.
Apesar de serem objeto de
pesquisas distintas - a curva de
ruído coube ao IPT (Instituto
de Pesquisas Tecnológicas) e o
mapeamento do recuo à prefeitura-, o Daesp informou que
espera a conclusão do laudo sobre o ruído para iniciar as desapropriações. A Anac confirmou
que há pendências com o Leite
Lopes, mas não informou prazos para a regularização.
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