Ribeirão Preto, Sábado, 17 de Abril de 2010

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Aeroporto pode perder grandes aeronaves

Levantamento da Prefeitura de Ribeirão aponta que é necessário desapropriar 293 imóveis que estão na lateral da pista

Pista do Leite Lopes para receber Airbus A-320 foi homologada de forma temporária pela Anac, que fez várias exigências


Edson Silva/Folha Imagem
Vista de imóveis da rua Americana, no Jardim Salgado Filho, que, pelo levantamento enviado ao Daesp, terá que ser recuada 50 m

JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Para que o aeroporto Leite Lopes continue recebendo aeronaves de grande porte como os Airbus A-320 operados pela TAM, pelo menos 293 imóveis localizados ao lado de sua pista terão que ser desapropriados.
Esse foi o resultado de um levantamento feito pela Secretaria de Planejamento de Ribeirão a pedido do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), órgão responsável pela gestão do aeroporto.
Caso a remoção dos imóveis não seja feita, o aeroporto que atualmente aspira ser elevado à categoria internacional pode até mesmo ser rebaixado e deixar de receber aviões grandes.
A atual capacidade do Leite Lopes foi definida após o alargamento da pista, em 2006. Após a reforma, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) homologou a pista provisoriamente.
A certificação permanente foi condicionada a uma série de exigências, entre as quais um estudo sobre a curva de ruído do aeroporto, que também exigirá remoção de casas, e o aumento do recuo lateral de segurança da pista, espaço que é ocupado pelos 293 imóveis.
Cabe ao Daesp bancar as desapropriações tanto dos imóveis que estão na curva de ruído quanto daqueles que ocupam a lateral da pista. No primeiro caso, a quantidade de imóveis ainda não foi definida.
De acordo com o levantamento enviado pela prefeitura ao Daesp, remover as 293 famílias custaria R$ 12 milhões. Esse valor, no entanto, toma como referência os dados da PGV (Planta Genérica de Valores) da prefeitura, com o metro quadro construído cotado entre R$ 400 e R$ 500. O custo deve mudar quando forem feitos os estudos de campo para as desapropriações, segundo o secretario de Planejamento de Ribeirão, Ivo Colichio.
Apesar de serem objeto de pesquisas distintas - a curva de ruído coube ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e o mapeamento do recuo à prefeitura-, o Daesp informou que espera a conclusão do laudo sobre o ruído para iniciar as desapropriações. A Anac confirmou que há pendências com o Leite Lopes, mas não informou prazos para a regularização.


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