Ribeirão Preto, Sábado, 17 de Abril de 2010

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Campeã de casos no Estado, Ribeirão tem problemas de dengue em bairros nobres

LÍGIA SOTRATTI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Pneus, garrafas vazias, vasos de plantas, entulho e lixo acumulado. Esses locais tradicionalmente conhecidos como criadouros do mosquito Aedes Aegypti não são o único foco de proliferação da dengue em Ribeirão Preto, que detém a liderança no ranking de casos no Estado, com 11.576 até ontem.
Larvas do mosquito foram encontradas em muitas piscinas e jardins de bairros nobres. Os focos se traduzem em casos: pelo menos 200 moradores de bairros de classe média alta já contraíram dengue este ano.
"Encontramos muitos problemas em piscinas sem tratamento adequado e se tornam criadouros. Foram achados focos no Alto da Boa Vista, City Ribeirão e no Boulevard, entre outros", disse a chefe da Divisão de Controle de Vetores, Cristina O'Grady Lima, citando áreas nobres da cidade.

Outros bairros
Áreas de classe média também estão no mapa do combate à doença, como o Jardim Irajá, que registrou 166 infectados.
O bairro campeão de casos, no entanto, fica na periferia. No Parque Ribeirão, 998 já tiveram a doença. Em apenas uma quadra, seis ficaram doentes. "Na mesma semana, minha mãe e o meu filho tiveram a doença", disse a auxiliar de restaurante Milene Aparecida Pinheiro, 32. "Não procurei o médico porque já sabia como tratar e não podia deixar o pessoal em casa sozinho. Tive febre e dores no corpo por alguns dias", disse. Para ela, o lixo acumulado no terreno ao lado é que serviu de criadouro.
"Mudei há um mês para o bairro e encontrei água parada no meu vizinho, que pode ser um foco", disse a operadora de caixa Lucimara Fioretti Della Ricci, 35, que, com suspeita da doença, tomava soro ontem.


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