|
Texto Anterior | Índice
foco
Campeã de casos no Estado, Ribeirão tem problemas de dengue em bairros nobres
LÍGIA SOTRATTI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Pneus, garrafas vazias, vasos de plantas, entulho e lixo
acumulado. Esses locais tradicionalmente conhecidos
como criadouros do mosquito Aedes Aegypti não são o
único foco de proliferação da
dengue em Ribeirão Preto,
que detém a liderança no
ranking de casos no Estado,
com 11.576 até ontem.
Larvas do mosquito foram
encontradas em muitas piscinas e jardins de bairros nobres. Os focos se traduzem
em casos: pelo menos 200
moradores de bairros de
classe média alta já contraíram dengue este ano.
"Encontramos muitos
problemas em piscinas sem
tratamento adequado e se
tornam criadouros. Foram
achados focos no Alto da Boa
Vista, City Ribeirão e no
Boulevard, entre outros",
disse a chefe da Divisão de
Controle de Vetores, Cristina O'Grady Lima, citando
áreas nobres da cidade.
Outros bairros
Áreas de classe média
também estão no mapa do
combate à doença, como o
Jardim Irajá, que registrou
166 infectados.
O bairro campeão de casos, no entanto, fica na periferia. No Parque Ribeirão,
998 já tiveram a doença. Em
apenas uma quadra, seis ficaram doentes. "Na mesma
semana, minha mãe e o meu
filho tiveram a doença", disse a auxiliar de restaurante
Milene Aparecida Pinheiro,
32. "Não procurei o médico
porque já sabia como tratar e
não podia deixar o pessoal
em casa sozinho. Tive febre e
dores no corpo por alguns
dias", disse. Para ela, o lixo
acumulado no terreno ao lado é que serviu de criadouro.
"Mudei há um mês para o
bairro e encontrei água parada no meu vizinho, que pode
ser um foco", disse a operadora de caixa Lucimara Fioretti Della Ricci, 35, que, com
suspeita da doença, tomava
soro ontem.
Texto Anterior: Painel Regional Índice
|