Ribeirão Preto, Domingo, 17 de Abril de 2011

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Nº de agentes da dengue é menor que o recomendado

Ideal é um a cada mil domicílios, mas Ribeirão tem um para 1.387 casas

Ainda que agente sem concurso seja contado, município, com 8.256 casos da doença, fica abaixo do preconizado


VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

O número de agentes de Controle de Vetores concursados em Ribeirão Preto é inferior ao recomendado pelo Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, o ideal é um profissional por mil residências, mas na cidade a proporção é de um agente para 1.387 moradias.
Os agentes são fundamentais para combater a dengue, por serem responsáveis por detectar focos de criação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, e aplicar inseticida.
Com os profissionais contratados (sem concurso), a prefeitura tem 228 agentes para combater a doença.
Nesse caso, a proporção diminui -de um agente para 1.083 casas. Mesmo assim, fica abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde.
Para os agentes, o número de profissionais é insuficiente para combater a dengue e responsável pela epidemia.
Neste ano, Ribeirão Preto já registrou 8.256 casos de dengue, segundo o levantamento mais recente.
Na última semana, agentes participaram da CEE (Comissão Especial de Estudos) que apura a doença na cidade e denunciaram o deficit.
"Nós somos poucos para cuidar de uma cidade tão grande como Ribeirão, com mais de 600 mil habitantes", disse a agente concursada Roseli Ribeiro de Lima, 54.
Ela afirmou que os profissionais contratados devem deixar a atividade até o próximo ano, quando vence o contrato de trabalho.
Segundo dados da prefeitura, são 178 agentes concursados e 141 contratados por meio de processo seletivo. Ribeirão tem 247 mil casas.
Para o presidente da CEE, o vereador Jorge Parada (PT), os números apresentados deixam o combate à dengue "muito capenga".
"É como uma guerra. Se o front da batalha está com problemas, haverá derrotado", afirmou o vereador, que vai convidar representantes da administração para dar esclarecimentos na CEE na próxima semana.
A prefeitura negou, por meio de assessoria, o número baixo de agentes e informou que a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) recomenda um profissional por 1.200 domicílios (incluindo contratados).
A assessoria não informou a medida adotada para substituir os agentes contratados.


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