DA FOLHA RIBEIRÃO

Embora vivesse há 18 anos com o aposentado Orlando Borges dos Santos, 73, a dona de casa Antonia de Lourdes Tomazelli, 70, não havia oficializado sua união até anteontem. Ela e o agora marido, com outros 251 casais, participaram de um casamento coletivo feito pela Prefeitura de Jaboticabal.
Dentre eles, 156 já moravam juntos. Recém-saída de uma cesariana, a dona de casa Cristina Adolfo Paulino, 32, realizou o sonho de vestir roupa branca, véu e buquê, mesmo morando há nove anos com artista de circo e pedreiro Augusto Paulino Filho, 32, e sendo mãe de quatro filhos.
O impedimento do casal sempre foi financeiro. "O casamento dá honra ao casal, principalmente para a mulher. É feio chegar na maternidade e dizer que é amasiado", disse o pedreiro.
Segundo o oficial de cartório Ademar Custódio, um dos dois a organizar a cerimônia, casar apenas no civil em Jaboticabal custa R$ 250, mas o preço varia de acordo com a cidade. "Quando um casal se casa oficialmente, um pode incluir o outro no plano de saúde e o marido pode incluir a mulher no título de sócio de um clube, por exemplo", afirmou.
Nenhum casal teve gastos. Já a prefeitura investiu R$ 122,5 mil em recursos da Assistência Social.


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