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Dárcy diz que Vila Virgínia terá desapropriação menor
Mapa da prefeitura tem 413 casas, mas número menor de moradores terá de sair
Moradores resistem à ideia de sair da região, alvo constante de enchentes, pois têm medo de receber indenização muito baixa
DA FOLHA RIBEIRÃO
A prefeita de Ribeirão Preto,
Dárcy Vera (DEM), e o secretário do Planejamento e Gestão
Pública, Ivo Colichio, disseram
ontem que a desapropriação de
imóveis na Vila Virgínia deve
atingir um número menor de
casas do que o mapa da área
apresentado anteontem a moradores do bairro. A desapropriação é necessária para a conclusão de obras antienchente
na região da Baixada.
As ruas da Vila Virgínia fazem parte de uma das regiões
mais atingidas por enchentes
no município, e o mapa apresentado aos moradores contempla 413 casas. Porém, de
acordo com Colichio, o número
de imóveis constantes do documento é maior do que a área de
abrangência das cheias.
"Aquele mapa vai até a [avenida] Caramuru. É só um documento a partir do qual vamos
fazer o estudo para checar
quais casas terão de ser desapropriadas", afirmou o secretário que, no entanto, não arrisca
um número de imóveis cujos
donos terão de sair. "Só digo
que vai ser bem menor do que
isso [413]."
Dárcy também não quis falar
em números ontem. "Não sou
técnica", afirmou, durante
evento no Palácio Rio Branco.
A desapropriação de casas na
Vila Virgínia enfrenta resistência de moradores do bairro, que
temem receber indenizações
baixas, cujos valores não seriam suficientes para comprar
outros imóveis.
Na semana passada, quando
Dárcy foi ao local falar com habitantes do bairro sobre o plano
antienchente e as desapropriações, ouviu reclamações de donos de imóveis que dizem não
querer morar em casas de "Cohab", já que, no bairro, estão
perto do centro da cidade.
Ontem, Colichio afirmou que
ainda não há indício do valor
que será pago às famílias que tiverem de deixar a área. "Também vamos analisar", disse o
secretário.
Apesar de Dárcy já ter dito
que a desapropriação só poderá
ser concluída em 18 meses, a
prefeita também afirmou que
tem de reservar o dinheiro para
pagar as indenizações ainda
neste ano. Uma comissão de
moradores acompanha o levantamento executado pela
prefeitura para definir quais
casas serão desapropriadas e o
valor das indenizações.
PAC
No último dia 5, Dárcy anunciou que as obras contra enchentes em andamento na região da Baixada vão contar com
mais R$ 52 milhões, dos quais
R$ 49,46 milhões virão do Ministério das Cidades, por meio
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A administração deve entrar com contrapartida de R$ 2,63 milhões.
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