Ribeirão Preto, Quarta-feira, 17 de Junho de 2009

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Dárcy diz que Vila Virgínia terá desapropriação menor

Mapa da prefeitura tem 413 casas, mas número menor de moradores terá de sair

Moradores resistem à ideia de sair da região, alvo constante de enchentes, pois têm medo de receber indenização muito baixa

DA FOLHA RIBEIRÃO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), e o secretário do Planejamento e Gestão Pública, Ivo Colichio, disseram ontem que a desapropriação de imóveis na Vila Virgínia deve atingir um número menor de casas do que o mapa da área apresentado anteontem a moradores do bairro. A desapropriação é necessária para a conclusão de obras antienchente na região da Baixada.
As ruas da Vila Virgínia fazem parte de uma das regiões mais atingidas por enchentes no município, e o mapa apresentado aos moradores contempla 413 casas. Porém, de acordo com Colichio, o número de imóveis constantes do documento é maior do que a área de abrangência das cheias.
"Aquele mapa vai até a [avenida] Caramuru. É só um documento a partir do qual vamos fazer o estudo para checar quais casas terão de ser desapropriadas", afirmou o secretário que, no entanto, não arrisca um número de imóveis cujos donos terão de sair. "Só digo que vai ser bem menor do que isso [413]."
Dárcy também não quis falar em números ontem. "Não sou técnica", afirmou, durante evento no Palácio Rio Branco.
A desapropriação de casas na Vila Virgínia enfrenta resistência de moradores do bairro, que temem receber indenizações baixas, cujos valores não seriam suficientes para comprar outros imóveis.
Na semana passada, quando Dárcy foi ao local falar com habitantes do bairro sobre o plano antienchente e as desapropriações, ouviu reclamações de donos de imóveis que dizem não querer morar em casas de "Cohab", já que, no bairro, estão perto do centro da cidade.
Ontem, Colichio afirmou que ainda não há indício do valor que será pago às famílias que tiverem de deixar a área. "Também vamos analisar", disse o secretário.
Apesar de Dárcy já ter dito que a desapropriação só poderá ser concluída em 18 meses, a prefeita também afirmou que tem de reservar o dinheiro para pagar as indenizações ainda neste ano. Uma comissão de moradores acompanha o levantamento executado pela prefeitura para definir quais casas serão desapropriadas e o valor das indenizações.

PAC
No último dia 5, Dárcy anunciou que as obras contra enchentes em andamento na região da Baixada vão contar com mais R$ 52 milhões, dos quais R$ 49,46 milhões virão do Ministério das Cidades, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A administração deve entrar com contrapartida de R$ 2,63 milhões.


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