Ribeirão Preto, Sexta-feira, 17 de Junho de 2011

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Oliveira Júnior é denunciado à Justiça

Vereador é acusado de desacatar funcionário e de dirigir em alta velocidade e de forma perigosa em avenida

Se condenado, Oliveira Júnior pode ser punido com seis meses a dois anos de prisão por causa de crime de desacato

Silva Junior/Folhapress
O vereador Oliveira Júnior (PSC) durante reunião da CPI da Socicam ontem à tarde, na Câmar aMunicipal de Ribeirão

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

O vereador Oliveira Júnior (PSC), de Ribeirão Preto, foi denunciado ontem à Justiça sob acusação de desacatar funcionário público e dirigir em alta velocidade e de forma perigosa.
Se condenado, o vereador pode pegar de seis meses a dois anos de prisão pelo crime de desacato, seis meses a um ano por dirigir em alta velocidade e até três meses por colocar sob risco a segurança alheia. Cabe recurso.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público Estadual depois de o vereador ser flagrado pela Polícia Militar, na noite de 28 de maio, sob a suspeita de estar dirigindo alcoolizado na avenida Francisco Junqueira.
A pena por desacato pode aumentar -de um sexto a dois terços- por causa do duplo desacato supostamente ocorrido, segundo a Promotoria, durante a abordagem da PM na avenida e dentro do DP. Há testemunhas.
Oliveira Júnior afirmou ontem que esperava a denúncia, mas negou as acusações.
O promotor Paulo José Freire Teotônio disse que as denúncias contra o parlamentar são graves e que, como homem público, ele deveria dar exemplo. "A Justiça deve aplicar com rigor a lei em resposta à sociedade."
O promotor disse que não o denunciou por embriaguez ao volante por causa da falta do exame de sangue. A comprovação de que ele estava alcoolizado foi feita por observação por um médico perito acionado pela polícia.
As penas, no entanto, podem ser revertidas em multas ou ainda em prestação de serviços à comunidade ou pagamento a instituições de caridade da cidade.
Nesse caso, a Promotoria fixou pagamento de 30 salários mínimos a uma instituição ou prestação de serviços à comunidade por um ano, durante oito horas semanais.
O caso será discutido numa audiência de conciliação. O Jecrim precisa analisar a denúncia apresentada.
Até ontem à noite, o caso não tinha sido apreciado pelo juizado especial. O juiz responsável ainda não foi nomeado. Os envolvidos vão depor na Justiça.


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