Ribeirão Preto, Domingo, 17 de Julho de 2011

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Para especialista, criar toque de recolher é "atitude desesperada"

DE RIBEIRÃO PRETO

Coordenador do Núcleo de Estudos sobre Situações de Violência e Políticas Alternativas da Unesp de Araraquara, José dos Reis Santos Filho afirma que não há experiências bem desenvolvidas capazes de indicar se o toque de recolher apresenta resultado positivo ou negativo.
Ele diz, porém, que é uma "atitude desesperada" de quem não consegue vislumbrar nenhuma outra alternativa para o problema da violência entre os jovens.
Para ele, os governos locais, em geral, são ineficazes em desenvolver políticas voltadas para esse público, como ações de prevenção ao uso de drogas, estímulos a atividades de lazer e para a busca do primeiro emprego.
A lei que institui o toque de recolher de Barretos só deve funcionar na prática dentro de duas semanas.
Segundo a Secretaria da Assistência Social da cidade, os termos estão sendo discutidos com representantes do Conselho Tutelar, da Polícia Militar e da Promotoria.
A fiscalização de jovens ficará sob responsabilidade do conselho, que pode acionar a PM para "recolher" crianças e jovens das ruas. Só serão liberados com a presença dos pais ou responsáveis.
O conselho diz, no entanto, que não foi informado sobre o acolhimento de menores de 16 anos flagrados fora do horário permitido. "Não sabemos se teremos que fazer diligências ou se outro órgão vai fiscalizar", afirma a conselheira Márcia Pina.


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