Ribeirão Preto, Quarta-feira, 17 de Agosto de 2011

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Donos de trenzinhos formam associação

Grupo de 13 empresas donas de 27 trios se reuniu com o objetivo de regulamentar a atividade em Ribeirão Preto

Reunião ocorre após blitz da Justiça em junho flagrar menores em festa "open bar" em um desses veículos

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


Treze empresas que exploram os trenzinhos infantis e trios elétricos de Ribeirão Preto se organizaram em uma associação civil com o objetivo de regulamentar a atividade. Um projeto com as propostas deverá ser entregue à Câmara Municipal.
Entre os itens que o grupo pretende regulamentar estão a estipulação do volume do som, locais específicos para o tráfego, horários de trabalho, medidas de higienização e segurança e a frequência da inspeção dos veículos.
A reunião de donos de trios elétricos ocorre após uma operação da Vara da Infância e Juventude de Ribeirão flagrar, em junho deste ano, nove adolescentes em um trio elétrico "open bar" na avenida Presidente Vargas. Como a Folha publicou na época, a prefeitura disse que todos os trios que circulam pela cidade estavam irregulares.
As treze empresas da associação compreendem, juntas, 27 trenzinhos e trios elétricos, de acordo com o advogado Adhemar Gomes Padrão Neto, presidente da ABSV (Associação Brasileira de Segurança Veicular) e representante da entidade.
Segundo ele, juntas essas empresas transportam cerca de 25 mil pessoas em Ribeirão -uma média de 8.000 por final de semana, a maior parte da periferia.
"Por ser uma atividade de economia criativa, não há uma lista de regras. Empresas sérias acabam sendo penalizadas quando ocorrem problemas com quem explora a atividade sem responsabilidade", diz Padrão Neto.
A entidade deverá ser apresentada na próxima semana à Promotoria e ao juiz da Infância, Paulo Gentile.
Danilo Gabriel Capretz Santos, 21, é dono de um trenzinho. Ele mesmo diz ter começado na atividade aos dez anos de idade.
Santos estima que 150 jovens e adolescentes atuam como animadores free-lancers de finais de semana.
Ele não vê problemas em adolescentes trabalharem. "Existe um trabalho social que realizamos, mas que ninguém vê. Esses adolescentes voltaram a estudar e hoje têm perspectivas", afirma.


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