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PIB da região vai a R$ 52 bi e tem alta recorde
Crescimento de 16% na soma das riquezas da região foi maior que o registrado no país e no Estado; PIB só de Ribeirão subiu 11%
Apesar do aumento, IBGE aponta que as cidades mais populosas da região caíram no ranking dos maiores PIBs paulistas
Edson Silva/Folha Imagem
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Chaminés da indústrias de suco Citrosuco, de Matão; cidade foi o destaque negativo da região, perdendo nove posições no PIB
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO
GEORGE ARAVANIS
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
A região de Ribeirão teve
uma alta recorde do PIB (Produto Interno Bruto) em 2006,
bem superior às verificadas no
país e no Estado, segundo levantamento divulgado ontem
pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística).
Apesar dessa alta, as quatro cidades mais populosas da região
perderam posições no ranking
dos maiores PIBs paulistas.
O estudo Produto Interno
dos Municípios 2003-2006
aponta que a soma de tudo o
que foi produzido nas 89 cidades da região em 2006 chegou a
R$ 52,571 bilhões, 16% a mais
que no ano anterior (R$ 44,957
bilhões). O crescimento do PIB
no país e no Estado ficou em
10,3% -a inflação no período
chegou a 6,1%.
Em Ribeirão, o avanço do
PIB foi menor que a média dos
89 municípios: 11,8%.
O salto da região foi o maior
no período abrangido pelo estudo do IBGE -em 2004, o aumento havia sido de 1,9% (em
relação a 2003) e em 2005, de
4,9% (sobre 2004). O levantamento mostra, ainda, o amplo
domínio econômico dos maiores municípios.
Somadas, as seis cidades com
mais de 100 mil habitantes
-Ribeirão Preto, Franca, São
Carlos, Araraquara, Barretos e
Sertãozinho- concentraram
R$ 25,015 bilhões do PIB da região, o equivalente a quase a
metade de tudo o que foi produzido em 2006 (47,5%).
Embora sigam no topo da
produção regional, as quatro
maiores cidades perderam posições no ranking do PIB paulista, o que mostra que outros
municípios tiveram desempenho econômico melhor em
2006 -Ribeirão Preto caiu de
10º para 11º, Franca, de 31º para
32º, São Carlos, de 34º para 36º,
e Araraquara, de 35º para 37º
lugar (veja quadro).
Para o diretor da FEA (Faculdade de Administração e Economia) da USP-RP, Rudinei
Toneto Junior, a perda de posições de Ribeirão deve-se ao
avanço do setor sucroalcooleiro. "E esta febre pega muito
mais os municípios vizinhos.
Sertãozinho, por exemplo, deve
ter crescido muito", disse, referindo-se ao fato de as usinas de
cana-de-açúcar e álcool estarem concentradas, principalmente, naquela cidade.
Sertãozinho registrou o segundo maior avanço de PIB:
29,6% entre 2005 e 2006, e subiu de 50º para 43º lugar.
Em crescimento, perdeu
apenas para Bebedouro, que
disparou 18 posições no ranking (de 58º para 40º).
Em terceiro lugar no quesito
avanço do PIB, está Jaboticabal, que foi da 85ª para a 77ª colocação na tabela.
O gerente regional do Ciesp
(Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Fabiano Guimarães, disse que o crescimento em Ribeirão foi menor do
que nas outras cidades em razão de alta do dólar no período.
"Isso enfraqueceu as exportações, e Ribeirão depende muito
delas", afirmou.
Matão foi o destaque negativo da região, tanto no PIB bruto
-caiu nove posições, de 39º para 30º-, quando no per capita,
em que foi do 16º lugar no Estado para a 26ª posição.
Entre as 89 cidades da região,
apenas sete tiveram em 2006
PIB menor -Matão, Igarapava,
Ituverava, Luiz Antônio, Guariba, Miguelópolis e Santo Antônio da Alegria.
O ranking estadual é liderado
por São Paulo, com PIB de R$
282,852 bilhões, seguido por
outras cidades do seu entorno,
como Guarulhos, Barueri,
Campinas, São Bernardo, Osasco, Santos, São José dos Campos, Santo André e Jundiaí, todas logo acima de Ribeirão.
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