Ribeirão Preto, Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

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PIB da região vai a R$ 52 bi e tem alta recorde

Crescimento de 16% na soma das riquezas da região foi maior que o registrado no país e no Estado; PIB só de Ribeirão subiu 11%

Apesar do aumento, IBGE aponta que as cidades mais populosas da região caíram no ranking dos maiores PIBs paulistas

Edson Silva/Folha Imagem
Chaminés da indústrias de suco Citrosuco, de Matão; cidade foi o destaque negativo da região, perdendo nove posições no PIB

JOSÉ BENEDITO DA SILVA
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO
GEORGE ARAVANIS
ROBERTO MADUREIRA

DA FOLHA RIBEIRÃO

A região de Ribeirão teve uma alta recorde do PIB (Produto Interno Bruto) em 2006, bem superior às verificadas no país e no Estado, segundo levantamento divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar dessa alta, as quatro cidades mais populosas da região perderam posições no ranking dos maiores PIBs paulistas.
O estudo Produto Interno dos Municípios 2003-2006 aponta que a soma de tudo o que foi produzido nas 89 cidades da região em 2006 chegou a R$ 52,571 bilhões, 16% a mais que no ano anterior (R$ 44,957 bilhões). O crescimento do PIB no país e no Estado ficou em 10,3% -a inflação no período chegou a 6,1%.
Em Ribeirão, o avanço do PIB foi menor que a média dos 89 municípios: 11,8%.
O salto da região foi o maior no período abrangido pelo estudo do IBGE -em 2004, o aumento havia sido de 1,9% (em relação a 2003) e em 2005, de 4,9% (sobre 2004). O levantamento mostra, ainda, o amplo domínio econômico dos maiores municípios.
Somadas, as seis cidades com mais de 100 mil habitantes -Ribeirão Preto, Franca, São Carlos, Araraquara, Barretos e Sertãozinho- concentraram R$ 25,015 bilhões do PIB da região, o equivalente a quase a metade de tudo o que foi produzido em 2006 (47,5%).
Embora sigam no topo da produção regional, as quatro maiores cidades perderam posições no ranking do PIB paulista, o que mostra que outros municípios tiveram desempenho econômico melhor em 2006 -Ribeirão Preto caiu de 10º para 11º, Franca, de 31º para 32º, São Carlos, de 34º para 36º, e Araraquara, de 35º para 37º lugar (veja quadro).
Para o diretor da FEA (Faculdade de Administração e Economia) da USP-RP, Rudinei Toneto Junior, a perda de posições de Ribeirão deve-se ao avanço do setor sucroalcooleiro. "E esta febre pega muito mais os municípios vizinhos. Sertãozinho, por exemplo, deve ter crescido muito", disse, referindo-se ao fato de as usinas de cana-de-açúcar e álcool estarem concentradas, principalmente, naquela cidade.
Sertãozinho registrou o segundo maior avanço de PIB: 29,6% entre 2005 e 2006, e subiu de 50º para 43º lugar.
Em crescimento, perdeu apenas para Bebedouro, que disparou 18 posições no ranking (de 58º para 40º).
Em terceiro lugar no quesito avanço do PIB, está Jaboticabal, que foi da 85ª para a 77ª colocação na tabela.
O gerente regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Fabiano Guimarães, disse que o crescimento em Ribeirão foi menor do que nas outras cidades em razão de alta do dólar no período. "Isso enfraqueceu as exportações, e Ribeirão depende muito delas", afirmou.
Matão foi o destaque negativo da região, tanto no PIB bruto -caiu nove posições, de 39º para 30º-, quando no per capita, em que foi do 16º lugar no Estado para a 26ª posição.
Entre as 89 cidades da região, apenas sete tiveram em 2006 PIB menor -Matão, Igarapava, Ituverava, Luiz Antônio, Guariba, Miguelópolis e Santo Antônio da Alegria.
O ranking estadual é liderado por São Paulo, com PIB de R$ 282,852 bilhões, seguido por outras cidades do seu entorno, como Guarulhos, Barueri, Campinas, São Bernardo, Osasco, Santos, São José dos Campos, Santo André e Jundiaí, todas logo acima de Ribeirão.


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