Ribeirão Preto, Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

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Ficha de paciente divide prefeitura e USP

Secretaria da Saúde afirma que há dificuldades para médicos da rede terem acesso a prontuários no HC

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

A dificuldade, principalmente em razão da burocracia, para acessar informações do quadro clínico de pacientes virou alvo de polêmica entre a Secretaria da Saúde de Ribeirão e o Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).
Segundo o coordenador de Saúde Mental da secretaria, Alexandre Firmo Souza Cruz, boa parte das cartas de encaminhamento de pacientes à rede municipal vindas do HC são sucintas. "Às vezes, são quatro, cinco linhas para um histórico de dois meses de tratamento."
A declaração de Cruz foi dada em tom de crítica a uma pesquisa feita pela USP e divulgada pela Folha em novembro, que revelou falhas em documentos de médicos da rede municipal encaminhados à Central de Regulação (leia texto abaixo).
O médico afirma que existe dificuldade para obter dados. Segundo ele, quando um médico da rede municipal quer acessar o prontuário do paciente que era tratado no HC, precisa fazer um pedido por escrito e protocolá-lo no hospital, para, então, o HC fazer um relatório do prontuário
"Quando é urgência, hoje, o nosso médico precisa ligar para o [médico] residente do HC, que vai no arquivo buscar a pasta do prontuário. E isso quando o residente conhece o médico, quando a relação é próxima", disse. Para Cruz, falta um sistema que integre as informações.
O coordenador da Unidade de Emergência do HC, Antonio Pazin Filho, disse que as cartas são preenchidas "da melhor forma possível". "Mas, às vezes, a informação que temos de um caso para repassar ainda é muito inicial", disse. Outro problema, segundo ele, é que pacientes muitas vezes se esquecem de levar ao médico da rede municipal todas as cópias de exames que recebeu do profissional do HC.
O HC tem um sistema próprio de informatização. Segundo Pazin, fazer a integração com o município é um ponto em discussão há tempos. "Mas temos que ser cautelosos para preservar a segurança dos dados do paciente", afirmou.


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