Ribeirão Preto, Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2009

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PIB da região sobe apenas 4%, diz o IBGE

Soma das riquezas produzidas na região atingiu R$ 54,6 bi em 2007 contra os R$ 52,4 bi de 2006; Gavião Peixoto perdeu 85%

Estado e país registraram aumento bem maior no período, de 12%, sem a inflação; já o município de Ribeirão teve alta de 15%


Edson Silva/Folha Imagem
Linha de produção da fábrica da International Paper, um dos "motores" do PIB em Luiz Antônio

JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A riqueza produzida nas cidades da região atingiu R$ 54,6 bilhões em 2007, alta de 4% sobre os R$ 52,4 bilhões do ano anterior, segundo dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados ontem pelo IBGE e Seade. O crescimento nominal, sem considerar a inflação, no entanto, ficou abaixo do verificado no país e no Estado, ambos com aumento de 12%.
Esse ritmo menor levou a região a perder espaço na economia estadual -sua participação caiu de 7% para 6%.
Maior economia da região, Ribeirão Preto viu seu PIB crescer 15% de um ano para o outro. É um índice modesto se comparado a Luiz Antônio e Taquaral, campeões regionais de crescimento no período, com alta de 32%, mas é enorme diante do fraco desempenho observado, por exemplo, em Gavião Peixoto e Buritizal -na primeira, a queda do PIB foi de 85%; na segunda, de 58%.
Sede de uma das unidades da Embraer, responsável pela montagem de partes dos aviões da empresa, Gavião viu seu PIB derreter de R$ 524 milhões, em 2006, para R$ 76 milhões.
Segundo Alexandre Marucci Bastos, que era prefeito de Gavião em 2007, a cidade depende das culturas de cana-de-açúcar e laranja e da fábrica da Embraer. Esses negócios, porém, passaram a ser contabilizados em suas sedes, que ficam em outras cidades.
Segundo a analista do Seade Lígia Duarte, mudanças drásticas na evolução do PIB, como a verificada em Gavião Peixoto, são raras. Ela diz que a região de Ribeirão se destaca por ser a maior concentradora de riqueza no interior do Estado, quando se afasta das regiões de São Paulo, Campinas, Santos e São José dos Campos.
Para o professor da FEA da USP-Ribeirão Rudinei Toneto Júnior, o avanço é fraco quando comparado ao do país. A "culpa" foi da agricultura, diz ele, que teve queda de 14%.


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