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PIB da região sobe apenas 4%, diz o IBGE
Soma das riquezas produzidas na região atingiu R$ 54,6 bi em 2007 contra os R$ 52,4 bi de 2006; Gavião Peixoto perdeu 85%
Estado e país registraram aumento bem maior no período, de 12%, sem a inflação; já o município de Ribeirão teve alta de 15%
Edson Silva/Folha Imagem
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Linha de produção da fábrica da International Paper, um dos "motores" do PIB em Luiz Antônio
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
A riqueza produzida nas cidades da região atingiu R$ 54,6
bilhões em 2007, alta de 4% sobre os R$ 52,4 bilhões do ano
anterior, segundo dados do PIB
(Produto Interno Bruto) divulgados ontem pelo IBGE e Seade. O crescimento nominal,
sem considerar a inflação, no
entanto, ficou abaixo do verificado no país e no Estado, ambos com aumento de 12%.
Esse ritmo menor levou a região a perder espaço na economia estadual -sua participação
caiu de 7% para 6%.
Maior economia da região,
Ribeirão Preto viu seu PIB
crescer 15% de um ano para o
outro. É um índice modesto se
comparado a Luiz Antônio e
Taquaral, campeões regionais
de crescimento no período,
com alta de 32%, mas é enorme
diante do fraco desempenho
observado, por exemplo, em
Gavião Peixoto e Buritizal -na
primeira, a queda do PIB foi de
85%; na segunda, de 58%.
Sede de uma das unidades da
Embraer, responsável pela
montagem de partes dos aviões
da empresa, Gavião viu seu PIB
derreter de R$ 524 milhões, em
2006, para R$ 76 milhões.
Segundo Alexandre Marucci
Bastos, que era prefeito de Gavião em 2007, a cidade depende
das culturas de cana-de-açúcar
e laranja e da fábrica da Embraer. Esses negócios, porém,
passaram a ser contabilizados
em suas sedes, que ficam em
outras cidades.
Segundo a analista do Seade
Lígia Duarte, mudanças drásticas na evolução do PIB, como a
verificada em Gavião Peixoto,
são raras. Ela diz que a região
de Ribeirão se destaca por ser a
maior concentradora de riqueza no interior do Estado, quando se afasta das regiões de São
Paulo, Campinas, Santos e São
José dos Campos.
Para o professor da FEA da
USP-Ribeirão Rudinei Toneto
Júnior, o avanço é fraco quando
comparado ao do país. A "culpa" foi da agricultura, diz ele,
que teve queda de 14%.
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