Ribeirão Preto, Sexta-feira, 17 de Dezembro de 2010

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Sem Lula, Dárcy inaugura etapa de obra antienchente

Data deve ser antes do Natal; 1ª e 2ª fases receberam cerca de R$ 99 mi

Projeto para alargar canal envolveu a polêmica da retirada das palmeiras-imperiais, cartão postal

Edson Silva-10.set.09/Folha press
Antes e depois: Palmeiras da av. Jerônimo Gonçalves, em Ribeirão, antes das obras antienchente; árvores foram trocadas por mudas

LIGIA SOTRATTI
DE RIBEIRÃO PRETO

Mesmo sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), deve inaugurar a segunda etapa das obras antienchente na próxima semana.
A data ainda não foi definida, mas a inauguração deve ocorrer antes do Natal.
A obra já recebeu cerca de R$ 99 milhões, a maioria da União. A prefeita fez o convite a Lula, mas até ontem não havia confirmação.
Segundo a assessoria do gabinete do presidente, ele não tem agenda em Ribeirão na próxima semana. Lula esteve no município no dia 23 de novembro para o início das obras do alcoolduto.
A segunda etapa da obra deu sequência ao alargamento do canal do ribeirão Preto na avenida Jerônimo Gonçalves. Para essa mudança, foi necessária a retirada das palmeiras-imperiais, consideradas o cartão-postal da cidade, o que alterou a paisagem do local.
Na visão do historiador José Antônio Corrêa Lages, pesquisador da formação de Ribeirão, a alteração estética afeta a história da cidade, mas ele disse acreditar que a intervenção era necessária.
"Principalmente as palmeiras tinham identificação muito grande com a história da cidade. Por outro lado, é preciso fazer opções diante do problema das enchentes." A grande preocupação do historiador, no entanto, é a de que o projeto fique restrito à questão das enchentes e não se estude uma mudança em toda a região da Baixada.
"Acho que a obra deve ser o ponto de partida para um projeto maior que pense a revitalização do centro, para recuperar toda a área que foi se deteriorando", disse.
Segundo a presidente do Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural de Ribeirão Preto), Cláudia Morroni, a obra conseguiu preservar a memória da cidade e se adequar às necessidades atuais.


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