Ribeirão Preto, Domingo, 18 de Abril de 2010

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Ministério Público vê cirurgias superfaturadas em 9.000%

DA FOLHA RIBEIRÃO

As investigações do Ministério Público revelaram que, em meados de 2007, o então interventor da Santa Casa de Itápolis, José Mortati Júnior, acertou a realização de um mutirão de cirurgias com apenas três médicos do corpo clínico. Segundo as investigações, as operações não tinham urgência que justificasse o mutirão.
Mesmo assim, de acordo com a apuração, os cirurgiões Luís Fernando Dias Rodrigues e José Maria Lopes receberam valores que em muito ultrapassam a tabela do SUS.
Por cirurgias cujos valores oscilariam entre R$ 25 e R$ 30 pela tabela do Ministério da Saúde, os médicos receberam de R$ 2.000 a R$ 2.500, um ágio de até 9.000%, de acordo com o Ministério Público.
Nos levantamentos da Promotoria, Rodrigues recebeu R$ 113 mil por 63 operações, e Lopes, R$ 72 mil. À polícia os médicos disseram que foram contratado para fazer as cirurgias na Santa Casa por preço de hospital particular.
Procurado, Rodrigues se negou a falar com a reportagem -pelo interfone, disse que sua agenda é muito corrida e que, talvez, só teria tempo na semana que vem. Já Lopes avisou, por meio de sua secretária, que não poderia atender.


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